De 16 a 19 de dezembro, Brasília sedia a 3ª Conferência Nacional de Juventude com dois mil delegados e delegadas de todos os estados, jovens eleitos nas etapas presenciais e digital que representarão suas reivindicações e lutas. Para falar sobre suas expectativas, o secundarista e diretor da UBES, Jairo Marques, conta sobre suas expectativas para o encontro.
“É necessário gritar em alto e bom som que não terá diminuição de diretos e de conquistas. Existem varias formas de mudar o Brasil, mas sem dúvidas nenhuma delas é possível sem democracia”, afirma Jairo que depois de encarar 18 horas de viagem, desembarcou em Brasília para a Conferência. Leia o artigo na íntegra.
É hora de renovar as esperanças, no ano de 2015 barramos retrocessos impostos por conservadores que tentaram impor ideias conservadoras no Congresso Nacional. Acompanhado por covardes que conclamam nos dias de hoje a volta da ditadura militar, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, tentou encarcerar a juventude e até manda nos corpo das mulheres, mas não permitiremos.
Viajei para 3º Conferencia Nacional de Juventude, um espaço muito importante para formulação das políticas publicas para jovens, para por em prática o exercício democrático de dialogo entre o governo federal e a juventude brasileira. Esta edição tem papel importante para no cenário político atual.
Em Brasília, onde fica o Congresso mais conservador desde o golpe de 64, a juventude brasileira relembra suas marcas desde o processo de redemocratização até os dias de hoje, somos os principais protagonistas das lutas de massas e populares no Brasil defendendo a democracia.
Nos últimos 12 anos, participamos integralmente do início da construção das principais políticas publicas da história do Brasil, seja quando colocou como prioridade a ampliação das vagas nas universidades federais ou a retomada do ensino técnico publica, criando condições de distribuição de renda para as famílias brasileiras. Isso incomoda muita gente, ter que sentar na universidade ao lado do filho do pedreiro ou da empregada.
Mas a juventude está em alerta, inconformada com essa onda de terceiro turno que, junta à crise econômica mundial trás uma sensação de incerteza que tenta ser manobrada todos os dias pelos ditadores e oportunistas do Congresso que querem tirar o direitos do povo, sobretudo dos jovens negros das periferias.
A juventude não teme e está unida à União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) para dizer que a democracia não se vende, se conquista! E nós, os caras pintadas, conquistamos a tão jovem de democracia com muito sangue e muita luta de gerações que morreram para viver o que temos hoje. Não será uma legislatura, que ameaça o povo, capaz de nos deter.
A 3º Conferência Nacional de Juventude reúne a diversidade da juventude brasileira e seus anseios, precisa reforçar a luta unificada dos jovens contra o golpe e pelo aprofundamento das políticas públicas. É necessário gritar em alto e bom som que não terá diminuição de diretos e de conquistas.
Existem varias formas de mudar o Brasil, mas sem dúvidas nenhuma delas é possível sem democracia, com autoritarismo e falta de ética.
A mudança já começou quando derrotamos a ditadura militar, quando derrubamos o presidente colorido, quando barramos a onda privatizadora do governo tucano, colocando o pobre dentro da universidade, no ensino técnico, ampliando as condições de acesso ao emprego e à renda. É preciso, contudo, mudar mais!
É urgente mudarmos a política, é verdade que hoje o sistema político brasileiro é altamente financeiro, onde o dinheiro vale mais que as ideias, enquanto a juventude e as mulheres não estão representadas pelos “Cunhas, Bolsonaros”, entre tantos outro brancos, ricos, machistas, homofóbicos e corruptos.
Por tudo isso, a 3º Conferência Nacional de Juventude precisa falar bem alto #FORACUNHA e leve seu golpismo junto!
É hora de renovar a esperança, sairemos da Conferência deixando as melhores ideias de como ampliar e aprimorar as políticas públicas de juventude, com o sentimento de que defender a democracia, barrar o golpismo e avançar nas mudanças é a luta necessário da juventude brasileira fazer.