Cerca de 7 mil pessoas se reuniram na última sexta-feira (09), em frente ao Teatro Municipal, centro de São Paulo, para protestar contra o aumento da tarifa no transporte público. As passagens de ônibus e metrô passaram de R$ 3 para R$ 3,50. O trajeto escolhido passou pela Praça da República e subiu até a Rua da Consolação, onde foi violentamente reprimida.
Alguns vândalos infiltrados e que estavam logo na linha de frente da multidão que se seguia, quebraram lixeiras, espalharam lixo pela rua e chegaram a quebrar duas agências de banco. Mas entre a massiva maioria, o que se via, era na verdade, muita música e pessoas caminhando tranquilamente. Veja o vídeo:
Juntos, UBES e UNE também levaram representantes para a manifestação. Entre eles, o diretor de cultura da UBES, Wesley Machado que repudia a violência usada pela PM. “A polícia militar do estado de SP já havia demonstrado nas Jornadas de Junho seu poder de repressão. E dessa vez não foi diferente. Acho que inclusive as manifestações de junho serviram para prepará-los melhor desta vez, pois ano antes eles foram pegos de surpresa. Agora não mais”.
O estudante também questiona o verdadeiro papel da PM e comenta como foi a manifestação. Confira o depoimento:
“A manifestação estava pacífica e não havia motivo para a violência que ocorreu no final. Foi intencional, a PM quis dispersar a passeata e não poupou esforços pra isso: foi de gás a bala de borracha num instante. Isso só demonstra pra gente que o papel que a PM cumpre é ser o agente repressor do Estado. Se dentro das passeatas se agride manifestantes, na ausência dela, nas ruas e favelas mata-se a juventude, em especial a juventude negra. É necessário debater o papel da PM. Ela é uma das piores heranças que temos da ditadura; se a sociedade é civil porque polícia tem que ser militar? Precisamos avançar na eliminação dos autos de resistência, por exemplo, e ir mais além no problema central que é a desmilitarização da polícia militar”.
O site SPRESSO SP publicou vídeo em que mostra como a manifestação foi reprimida com truculência pela polícia. Confira abaixo (veja a partir dos 2:30):
Próximo ATO Em São Paulo
Dia: 16.01, sexta-feira
A partir das 17h
Praça do Ciclista, Avenida Paulista