Contra ataque à educação do estado, gaúchos acampam no Palácio do Governo
Desde a madrugada desta terça-feira (8), estudantes e servidores públicos ocupam a frente do Palácio do Governo do Rio Grande do Sul, o Piratini, em Porto Alegre (RS), contra medidas que afetam a educação, a saúde e a segurança pública.
O acampamento acontece na Praça da Matriz e é formado por estudantes gaúchos e pelo Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais, composto por 46 entidades de diversas categorias. A intenção é pressionar deputados para a retirada do pacote de projetos de lei propostos pelo governador Ivo Sartori (PMDB).
Na página do sindicato Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (CPERS) é possível acessar os projetos que desmontam direitos históricos dos servidores e impossibilitam reajustes salariais para professores da rede pública.
Segundo a diretora regional da UBES, Fabíola Loguercio, os estudantes saíram do 3º Encontro de Mulheres da UBES (EME) e do 15º Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG), que aconteceu entre os dias 4 e 5 de setembro em São Paulo, e desembarcaram diretamente no acampamento junto das uniões municipais (UMES), onde permanecem em vigília.
“O governador apresentou um projeto de parceria público-privada que irá tirar a autonomia das escolas. A nossa luta é contra o sucateamento da educação. Nosso foco central é pela reforma do ensino médio e por uma escola com a cara da juventude”, declarou Fabíola.
Em greve desde 31 de agosto, os educadores seguem em luta contra o parcelamento de salários e projetos de lei que prejudicam o funcionalismo público. Na programação da ocupação, os estudantes também realizarão aula pública sobre a reformulação do ensino médio e a redução da maioridade penal, além de atividades cultural.