No mês que a UBES faz aniversário, saiba quais são os sonhos que mantém os estudantes na luta
A UBES chega aos 67 anos firme e forte na defesa dos estudantes, da juventude e do Brasil. Herdando bandeiras históricas de diversas gerações e atualizando suas lutas, a entidade representa os desafios de 50 milhões de secundaristas.
Veja quais são as principais bandeiras que ainda colocam a UBES e uma multidão de estudantes para ocupar as ruas do país.
A UBES está na luta pela implementação e cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê o investimento de 10% do PIB para educação, e pela garantia plena de educação pública, gratuita e de qualidade nas escolas do país. Entenda mais acessando a cartilha online sobre o assunto.
Um dos principais desafios encabeçados pelo movimento secundarista é construir um novo modelo escolar com gestão democrática nas escolas, reformulação da grade curricular, aula em tempo integral, educação laica, formação técnica integrada, reforma na estrutura das escolas por meio de mais tecnologia, aulas práticas e que incentivem desde a pesquisa científica às atividades esportivas.
Por acreditar que um dos principais papéis da educação é o desenvolvimento tecnológico e a soberania nacional do país, o investimento no ensino técnico brasileiro está no centro das discussões da juventude. A UBES tem realizado fóruns de discussões para ressaltar a importância de permanecer ampliando e qualificando a rede técnica de ensino.
No 13º Encontro Nacional de Escolas Técnicas, realizado em fevereiro de 2015, a entidade pautou a criação de um plano nacional de assistência estudantil, a participação dos estudantes no conselho gestor do Pronatec, a valorização da educação profissional e outros pontos que podem ser acessados na cartilha online.
Por todo país, os secundaristas continuam indo às ruas reivindicar o Passe Livre no transporte público. Em alguns estados, graças a forte pressão dos estudantes, aconteceram algumas conquistas. Esta luta faz parte da campanha para combater a evasão escolar, aumentando a assistência estudantil para os jovens.
De norte a sul do país, a UBES está mobilizada para barrar a PEC 171/93, projeto que tramita na Câmara dos Deputados e propõe a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Ocupando as ruas contra a criminalização da juventude e o sensacionalismo da mídia, a entidade encabeça o movimento “Mais Escolas, Menos Cadeias” contra o encarceramento dos jovens brasileiros e por mais investimentos em educação e prevenção. Entenda mais acessando a cartilha online sobre o assunto.
A Polícia Militar agride, mata e discrimina a juventude, principalmente a juventude negra das periferias. A UBES luta pelo fim da violência, pela desmilitarização da PM, pelo fim dos autos de resistência e por uma nova política de segurança pública e com segurança nas escolas.
Contra a corrupção, pelo fim do financiamento empresarial de campanhas, por mais mulheres na política, pela regulamentação dos mecanismos da democracia direta, por mais participação da juventude nos espaços de poder e pela desburocratização para a formação de novos partidos, a UBES defende a Reforma Política Democrática para exigir mudanças sociais mais profundas. Hoje a entidade faz parte da Coalizão pela reforma política democrática e eleições limpas.
Contra a parcialidade da mídia que manipula a realidade, atuando como um “quarto poder” instituído no Brasil, os jovens secundaristas querem a democratização da mídia e maior apoio para as mídias independentes. Hoje a entidade também compõe Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).
O salário mínimo é uma grande demonstração das mudanças na economia brasileira, a realidade social vem se transformando, mas não podemos parar no caminho do desenvolvimento. Contra o corte de verbas na educação e por uma reforma tributária que desonere os mais pobres, taxe os bancos e das grandes fortunas, e por uma política financeira que privilegie os trabalhadores.
Nos grêmios, dentro das escolas e nas cidades de todo país, o jovem secundarista defende a diversidade e o respeito à pluralidade social. Seja no combate ao machismo, racismo, homofobia ou qualquer outra forma de discriminação, o movimento estudantil constrói com debates e enfrentamento a luta contra qualquer forma de opressão.