Quase 80 mil pessoas já se concentravam na Avenida Paulista por volta das 17h nessa quarta-feira (16.12) no ato contra o impeachment e o ajuste fiscal e pelo Fora Cunha chamado pelo movimento estudantil e social. De lá, a manifestação seguiu para o centro da capital, na Praça da República.
Os dois sentidos da via foram tomados por jovens, trabalhadores, estudantes, idosos, pretos e brancos, representando a grande diversidade brasileira que sai em defesa da democracia com muita energia.
“ Fora Cunha” “ Não vai ter golpe”, foram entoados diversas vezes, cartazes, balões e quatro carros de som estão mostrando que essa é uma das mais intensas manifestações populares do ano.
A UBES, UEE-SP, UNE, UPES e ANPG foram importantes entidades na organização e construção do Ato e estiveram presentes em peso.
O movimento secundarista presente foi ovacionado e homenageado diversas vezes durante a abertura do Ato, por conta das recentes conquistas em que foi suspensa a reorganização da rede estadual de ensino, que fecharia mais de 90 escolas. “ Vamos mostrar novamente nas ruas a força do povo, como foi com a vitória dos secundaristas, e agora derrubar as pautas conservadoras instaladas no Congresso e o impeachment”, afirmou Igor Gonçalves, presidente da U.E.O (União dos Estudantes de Osasco).
Flavia Oliveira, presidenta da UEE-SP, relembra que o movimento estudantil protagonizou a luta em defesa da democracia, passando por diversos episódios do país. “ Não tem um impedimento legal para que ela deixe o cargo. Defendemos que seja mantida a estatuinte do nosso país.
Flavia também lembrou que São Paulo mostrou que os movimentos sociais estão em unidade, em defesa dos direitos sociais nesse ano, em diversas ocasiões. “ Presenciamos no estado diversas grandes mobilizações em defesa da democracia, da educação e contra qualquer corte de direitos”, disse.
Presentes em duas gerações, Ana Maria Figueiredo, 75 anos, foi com sua neta Taís Vieira , 15 anos, para a Avenida Paulista, e teve como motivação a insatisfação ao ver novamente a direita querendo comandar o país. “ Se a moda pega, nunca mais a esquerda consegue estar à frente do Brasil. Cada vez que chegamos lá, com programas voltados para avanços sociais com propostas diferentes, ‘eles’ vão e tiram, e ainda de forma inconstitucional”.