A sexta-feira 13 foi dia de azar para os que querem um golpe no Brasil. Nada de mensagens de ódio, nada de violência contra as instituições democráticas, nada de elogio à ditadura, ao retrocesso, ao atraso. Quem falou foi a juventude de todo o país que realizou uma grande manifestação na capital federal e mostrou a sua força para evitar qualquer tentativa ilegítima de mexer nas regras do jogo.
A passeata da UBES, junto aos movimentos da Frente Brasil Popular, reuniu sete mil pessoas que caminharam do Parque da Cidade até o Congresso Nacional, deixando um recado bem dado para todos os que estão ali.
A manifestação, que faz parte do 41º Congresso da UBES, que acontece em Brasília, também teve como pontos principais o repúdio ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e críticas ao ajuste fiscal do governo federal que tem promovido cortes e a retirada de direitos.
“Essa é a juventude combativa, que está aqui para falar muito alto que esse Congresso não nos representa, para dizer que não queremos a redução da maioridade penal, não queremos o Estatuto da Família, não queremos o PL 5069 que penaliza as mulheres. Eles não passarão”, declarou a presidenta da UBES, Bárbara Melo, do alto do carro de som.
Na linha de frente do ato, caminhavam somente mulheres, representando a atual importância da afirmação de gênero no movimento estudantil, que tem presidentas em suas principais entidades.
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A passeata dos movimentos foi completamente pacífica, em oposição à postura dos grupos golpistas acampados no local, noticiados na imprensa no mesmo dia pela apreensão de armas com um dos seus integrantes.
A Frente Brasil Popular, que participou da manifestação junto aos estudantes, levou as reivindicações das principais entidades populares do país. O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, lembrou da luta contra as terceirizações e a ameaça aos direitos trabalhistas falou.
Já a representante de juventude do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) ressaltou a defesa da reforma agrária e a criação de políticas para mulheres do campo. Janeslei Albuquerque, secretária de movimentos sociais da CUT (Central Única dos Trabalhadores), criticou a política econômica do país e a falta de um modelo que beneficie a classe trabalhadora.
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