Diariamente os estudantes brasileiros enfrentam dentro das escolas públicas conteúdos maçantes, infraestrutura sucateada e ausência de professores, as instituições de ensino não representam a juventude, muito menos se adéquam ao novo século.
Insatisfeitos e em busca de encontrar maneiras para transformar essa realidade, secundaristas de todos os cantos do Brasil vieram à Brasília para participar do 41º Congresso da UBES e debateram durante o segundo dia do evento, nessa sexta-feira (13) a necessidade da Reformulação do Ensino Médio.
De acordo com dados do INEP durante o ano letivo, cerca de 1 milhão de estudantes abandonam o ensino médio na rede pública. A baixa atratividade dos currículos, em sua maioria generalistas e distantes da realidade social, econômica e cultural dos jovens, associado à baixa qualidade do ensino, são apontadas como as principais causas.
“O problema das escolas é que elas são profundamente chatas por priorizar o cumprimento de um ritual apenas com materiais didáticos e não pensando na realidade do estudante”, disse Selma Rocha, representante da Fundação Perceu Abramo.
A UBES acredita que um dos fatores para combater a evasão escolar é fornecer, de fato, investimento na educação, com escolas menos sucateadas e uma grade curricular adequada a realidade do estudante.”Não adianta nada lotar escolas com equipamentos sucateados só para falar que está investindo, isso não é investimento. O estudante precisa se sentir contemplado dentro do ambiente escolar”, ressaltou o professor Leonardo de Castro.
Segundo a Ex Diretora da UNE, Juliana Souza, só é possível conseguir um ensino médio de qualidade e propicio a necessidade da juventude respeitando a organização dos estudantes. “Não existe Reformulação do Ensino Médio sem participação estudantil, não existe ninguém melhor do que o próprio secundarista para opinar sobre o currículo escolar”, afirma.