Após um período de forte pressão contra o desmonte da educação capixaba, nesta quinta-feira (4), os estudantes comemoraram a decisão do Tribunal de Justiça do Espírito Santo que concedeu liminar contra o fechamento de turmas, turnos e escolas. A decisão requer que o Estado realize a reabertura das matrículas online, disponibilização de todo o corpo técnico, materiais para o pleno funcionamento das instituições, além da contratação de professores para o preenchimento das disciplinas estabelecidas na grade curricular.
O presidente da União dos Estudantes Secundaristas do Espírito Santo (UESES), Luiz Felipe Costa, esclarece que a decisão é resultado de um longo período de enfrentamento. Ele relembrou que desde abril de 2015, os jovens organizaram manifestações, entre elas, a ocupação da Superintendência Regional de Educação que seguiu resistente até o mês de janeiro.
“Desde o ano passado a Secretaria de Educação (Sedu) vem fechando turmas a fim de reduzir gastos, com a real intenção de fechar escolas. Em 2015, 450 turmas em todo estado foram fechadas, enquanto simultaneamente as vagas do noturno – majoritariamente na Educação para Jovens e Adultos – também vinham sendo reduzidas. Para esse ano, a previsão era o encerramento de mais de 500 turmas”, explica.
Um dos pontos altos de combate à política de sucateamento do ensino capixaba foi a ocupação da Assembleia Legislativa encabeçada pelos secundaristas em março do último ano. O movimento se posicionou contra a arbitrária tramitação do Projeto de Lei Complementar (4/2015) Escola Viva que, ao propor ensino integral em unidades sem estruturas, declara o fechamento das instituições, como aconteceu em três escolas em Muniz Freire.
Ao sul do estado, nesta quinta os e estudantes da escola denunciaram o fechamento de três instituições, sob a justificativa da Superintendência de que as unidades não estão adequadas para os estudantes.
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