Milhares de pessoas protestaram nesta sexta-feira (30), dia de greve geral em todo o país, contra as reformas da Previdência e Trabalhista, pelas Diretas Já e Fora Temer. Os atos convocados pelas Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, bem como as centrais sindicais, paralisaram as principais cidades do Brasil. Em São Paulo, a avenida Paulista reuniu milhares de pessoas, que marcharam no início da noite do vão livre do Masp até a Prefeitura Municipal de São Paulo. Um ato contra a privatização da cidade marcou o fim do protesto, em referência às ações do prefeito João Dória (PSDB). Durante o trajeto, estudantes, professores e integrantes de vários movimentos sociais mostraram sua disposição de luta contra o governo Temer cada vez mais desgastado por denúncias de corrupção e medidas antipopulares.
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Quem está na rua contra as reformas
A presidenta da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), Camila Lanes, defendeu que os estudantes brasileiros estão cada vez mais conscientes que as reformas também afetam a juventude. “Todos os ataque de Michel Temer não atacam apenas os trabalhadores, assalariados, nossos pais e mães, mas também nós, porque somos o futuro do Brasil. Temos que nos organizar e nos rebelar cada vez mais e é isso que temos feito”, ressaltou.
“Nós não vamos admitir nenhum direito a menos, porque o governo golpista quer tirar a dignidade do povo brasileiro, um governo que não gosta do povo, que não sabe das nossas necessidades quer aprovar essa reforma trabalhista e da previdência e assim assaltar o futuro da juventude brasileira”, destacou a presidenta da UNE, Marianna Dias.
A presidenta recém-eleita criticou ainda o comentário de Michel Temer desta semana que iria tirar recursos da Educação para resolver o problema da emissão de passaportes no país. Ela mandou um recado: “Não tirará um centavo da Educação, sem resistência, sem muita luta, com os estudantes de pé porque este é o nosso DNA”.
O Congresso da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP), que será realizado dia 1 e 2 de Julho fim de semana na cidade de Paulínea (210 km da capital), teve uma abertura simbólica durante o ato na Paulista. A presidenta da entidade, Flávia Oliveira , dedicou sua fala ao povo negro e periférico “aqueles que mais sofrem com os retrocessos do governo Temer”. E continuou: “Nós estudantes e trabalhadores representamos a resistência e também a esperança para o povo. E eu não tenho dúvida que essa unidade da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo será a unidade que trará a felicidade de volta para a vida do povo brasileiro”.