Estudantes e movimentos sociais ocuparam a Câmara dos Vereadores de São Paulo por dois dias para denunciar um pacote de privatização de patrimônios da cidade e os cortes no passe livre estudantil, que impede a juventude de acessar a cidade desde as voltas às aulas.
A saída aconteceu nesta sexta (11/8), Dia do Estudante. Uma das principais conquistas dos estudantes foi a não criminalização do movimento de ocupação, garantido pela lei brasileira, por meio de uma reintegração com o prazo de até 5 dias para a desocupação do local e sem qualquer uso da força.
A decisão foi deferida pelo juiz Alberto Alonso Muños e caso não acontecesse, ela seria realizada pela Polícia Militar, com a definição de que não pode ser utilizado qualquer tipo de munição, mesmo não letal, como bala de borracha e gás lacrimogêneo.
Em entrevista coletiva nesta quinta (10/8), o movimento explicou que o prefeito João Dória (PSDB) quer “rifar o patrimônio público”, com projetos de lei em votação na Câmara, e defendeu que a população tenha consciência e aprove estes projetos em um plebiscito. “Além de parques e outros patrimônios, o bilhete único também corre o risco de ser privatizado, atendendo interesse privado, e não da população”, afirmou Nayara Souza, da União Estadual dos Estudantes de São Paulo.
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No mês do estudante, movimentos e organizações da juventude se reúnem para realizar diversos. No dia 17 de agosto, haverá o grande ato unificado que reunirá todos os estudantes de todo Brasil em prol das Diretas Já, em defesa da Educação Pública e Gratuita e contra os desmontes.