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#13A: Estudantes puxam resistência também no segundo semestre

Todas as capitais brasileiras, além de mais de 200 municípios, registraram atos em defesa da Educação nesta terça-feira, 13 de agosto. Os atos convocados pelas entidades estudantis (UNE, UBES e ANPG) foram a terceira onda de protestos contra cortes na área, a exemplo de enormes manifestações em 15 e 30 de maio.

>>Assista à cobertura e balanço do #13A

No fim do dia, o movimento anunciou 7 de setembro como nova data de luta pelo ensino público, mas também pela democracia e soberania nacional, em defesa ainda da aposentadoria e do meio ambiente. 

“Essa foi a retomada do ‘tsunami da educação’ e das lutas do mês de maio que tomaram conta de todo o Brasil. Voltamos e foi apenas o começo”, diz a nota das entidades estudantis. O movimento dos estudantes tem sido o maior catalisador de insatisfação com o governo Bolsonaro.

Principais temas

Como no #15M e #30M, o desmonte da educação pública foi a maior denúncia dos protestos desta terça, com irreverência, bom humor e ironia. Cartazes sagazes são a marca das manifestações deste ano.

Por todo o Brasil, foram duramente criticados os cortes de R$ 6 bilhões no orçamento do Ministério da Educação e ainda o novo projeto “Future-se”, apresentado pelo MEC em julho e visto como tentativa de privatização e descaso com a rede federal de ensino.

Na volta às aulas, a campanha SOS IF já tem denunciado os efeitos dos cortes nas instituições.

Foto: Karla Boughoff

Além disso, as ruas saíram em defesa da memória de Fernando Santa Cruz, estudante assassinado pela Ditadura Militar e recentemente atacado pelo presidente Bolsonaro (PSL). Por isso a democracia é uma das bandeiras para o dia 7 de setembro.

Pedro Gorki discursa em São Paulo com imagem de Fernando Santa Cruz ao fundo (Thaynan Diniz)

Próximos atos

Para os próximos atos em 7 de setembro, as entidades falam em defender a educação, a democracia, o emprego, a aposentadoria e o meio ambiente. 

“Recentemente as declarações acerca do projeto de venda da Amazônia e a demissão do presidente do INPE são alguns dos fatos que mostram as intenções obscuras do governo com o nosso patrimônio natural. Não vamos naturalizar o absurdo”, explica a nota das entidades. 

Em Brasília, a marcha dos estudantes deste #13A foi unificada com as mulheres indígenas acampadas na capital.

Assista o balanço do #13A: