Em todo o Brasil, estudantes estão unidos por uma educação pública de qualidade e farão nesta quinta-feira, 28 de março, um grito por “Mais democracia, menos mordaça”. Este é o tema da Jornada de Lutas da Juventude em 2019, em referência à Lei da Mordaça, que pode censurar assuntos e atividades nas escolas.
A Jornada de Lutas é uma série de atividades pela educação que acontece sempre em março, em homenagem ao secundarista Edson Luís, assassinado pela Polícia Militar em 28 de março de 1968, enquanto protestava por melhorias na alimentação estudantil.
Os atos acontecem também quatro dias antes do aniversário do Golpe Militar, dado em 1º de abril de 1964 (ou 31 de março, na versão dos golpistas). Este ano, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) determinou a “comemoração” do início da ditadura, que acabou com a democracia e direitos humanos no Brasil por 31 anos, entre 1964 e 1985.
Edson Luís foi apenas o primeiro de centenas de jovens assassinados pela repressão nos tempos de ditadura, regime reconhecido como totalitário pelos livros de história.
Além de exigir uma escola que assegure a formação da cidadania, como determina a Constituição Federal, estudantes pedem financiamento e qualidade para o ensino público, atualmente sem planejamento estipulado pelo Ministério da Educação. A gestão atual nunca apresentou um plano para a área e passa por uma série de demissões.