Mais grêmios, mais mobilização, mais protagonismo, mais resistência. Esta é a única forma de enfrentar um ano de ataques à Educação e, pensando nisso, em 2019 a UBES lança seu novo guia de grêmios em formato de zine (entenda mais aqui embaixo). Em poucas páginas, estudantes podem conferir dicas sobre grêmios e a história da UBES.
O material foi distribuído no começo do ano para as entidades secundaristas estaduais e tem nova tiragem programada para o segundo semestre. “Esperamos muito que todo secundarista tenha acesso e se identifique”, diz a diretora de Comunicação da UBES, Stefany Kovalski.
Ela explica que “existia a necessidade de atualizar o formato de comunicação com secundaristas, principalmente neste período de ameaças gravíssimas”. Por isso a direção da entidade teve a ideia de apresentar os grêmios e a UBES de forma direta e dinâmica ao mesmo tempo.
Zine é um tipo de publicação artesanal e econômica. Antigamente, eram feitos a mão e xerocados, principalmente nos anos 1970, 80 e 90, portanto antes das redes sociais, quando esse era o único modo alternativo de publicar ideias ou artes. Hoje em dia, zines já podem ser feitos com programas de computador e impressoras, mas ainda são o tipo mais barato de publicação, com papel simples e aparência descontraída.
“Por ser econômico e com estilo ‘faça você mesmo’, o formato dialoga com a realidade do estudante”, explica o ilustrador e designer Rodrigo Terra, autor do projeto gráfico do material (e de outros zines próprios). “Pode ser também um incentivo para cada escola criar seu próprio zine”, acredita ele.
Estudante do Instituto Federal do Amazonas, Kallel Naveca foi uma das lideranças secundaristas que já distribuiu o zine pelo seu estado. Ele é vice-presidente da UBES no Amazonas e achou que o guia serve como um mini-manual para se recordar da história da UBES ou sobre o funcionamento do grêmio.
Além disso, ele acha que a publicação funciona para quem ainda não conhece o movimento estudantil: “O guia apresenta a UBES e lança um convite aos secundas para conhecerem e serem protagonistas na construção dessa história”.