A verdade é que ninguém aguenta mais Abraham Weintraub no Ministério da Educação e os rumores de sua demissão são fruto da pressão do movimento educacional pelo #ForaWeintraub. Os estudantes já vêm falando desde sempre sobre o desserviço que ele faz na educação brasileira, além de ser um dos piores ministros do governo Bolsonaro – e olha que a competição é grande.
Ao invés de ampliar o debate com estudantes e professores, Weintraub se nega ao diálogo e ignora os projetos mais necessários para a Educação. Ele só quer mesmo causar no Twitter com seu discursinho ideológico. Nós reunimos os motivos do por que o #ForaWeintraub sempre foi urgente. Se liga:
Logo no começo de sua gestão no MEC, os ataques à Educação ganharam força com o corte de R$ 7,9 bilhões na pasta, segundo dados da Andifes. O bloqueio atingia todos os setores da educação: ensino infantil, fundamental, médio e superior.
Lógico que os estudantes se mobilizaram e encheram as ruas com o #TsunamiDaEducação, fazendo o ministro bambear. Até a liberação da verba, ele seguiu desrespeitando e ignorando as instituições que não poderiam custear o mínimo por conta dos cortes.
Milhares de estudantes relataram erros na correção de suas provas quando as notas foram divulgadas no começo do ano. A desproporcionalidade do número de acertos com a nota final era absurda! O MEC recebeu uma enxurrada de ações judiciais por ter prejudicado tanta gente. Foram, no mínimo, 170 mil relatos de erros recebidos pelo Inep. A UBES e a UNE entraram com um requerimento no Ministério Público Federal para que todas as avaliações fossem revistas.
Sem dúvidas, o crime de racismo pelo qual o ministro está respondendo ao STF, já seria o suficiente para tirá-lo do cargo. Ele insinuou que a China poderia se beneficiar, de propósito, da crise mundial causada pelo coronavírus. Claro, diz isso da boca pra fora, sem prova alguma. Mas o ataque étnico-cultural não se limita aos chineses, já que no vídeo da reunião ministerial ele disse ‘odiar’ os termos ‘povos indígenas’ e ‘povo cigano’.
Famoso pelo vídeo do guarda-chuva contra a “chuva de fake news”, ele deveria usá-lo contra suas próprias falas. Na época dos cortes, Weintraub disse ter liberado 100% dos recursos da Educação, quando R$ 2,1 bi ainda estavam congelados. Ele também já disse que o tal do “kit gay” não tem mais vez no MEC. Nunca nem teve, né, afinal não existiu!
Talvez, essa seja a única atividade do ministro, já que passou toda sua gestão atacando estudantes, professores, jornalistas e até usuários do Twitter. Ele já atacou o movimento estudantil, o patrono da educação brasileira, Paulo Freire, o médico Dráuzio Varella, a presidente da ONG Todos Pela Educação, Priscila Cruz, o STF… a lista é grande, então recomendamos buscar por “Weintraub ataca” no Google pra ter uma dimensão de seus ataques.
Weintraub tem se mostrado inimigo da democracia interna das instituições de ensino e não foram poucas vezes que intervenções aconteceram. O MEC já nomeou reitores que perderam a eleição da comunidade escolar. No CEFET-RJ, o interventor chegou a ser expulso pelos estudantes. Listamos as vezes que isso já aconteceu.
O ministro passou semanas ignorando o pedido dos estudantes pelo adiamento do Enem 2020, diante da pandemia causada pelo coronavírus. Com o ano letivo e as aulas paralisadas, fica impossível se preparar para a prova e ele seguiu afirmando que “vai ter Enem, sim” nas mesmas datas. Weintraub só cedeu aos pedidos, quando a pressão dos estudantes chegou no Senado Federal.