Por Iã Silva Alves, diretor de Combate ao Racismo da UBES
O Brasil passa por um momento de crescimento do ódio propagado por um sistema que em suma destila e propaga a apatia, insensibilidade e o preconceito por naturalidade. Percebe-se o grau de descaso com a população na fala, ações que visam sucatear a Educação ainda mais, ou na tentativa de implodir a Fundação Palmares, responsável por preservar e promover valores socioculturais da negritude.
Fica ainda mais nítido perceber que a fala de Darcy Ribeiro: “A crise da Educação no Brasil não é uma crise, é um projeto”, se faz ainda mais atual com o Governo Bolsonaro. Dessa forma, ao colocar-se com senso crítico, típico de um estudante secundarista, entende-se que os estudantes que mais sofrem são os pretos, uma consequência dura da história que colocou nosso povo sempre como inferior e com menos acesso.
“O governo Bolsonaro permite e representa a construção e continuação desse projeto iniciado em ritmo colonizador, eurocêntrico e que culmina com os interesses dos ricos, brancos.”
O governo Bolsonaro permite e representa a construção e continuação desse projeto iniciado em ritmo colonizador, eurocêntrico e que culmina com os interesses dos ricos, brancos. Nesse sentido, com consciência dos fatos, a Direção de Combate ao Racismo da União Brasileira dos/as Estudantes Secundaristas convida ao engajamento no Mês da Consciência Negra, mais precisamente dia 20 de Novembro, onde comemora-se e luta-se.
Ademais, é fulcral o entendimento de todos que o debate da inserção do povo negro no país, a importância do povo negro na construção do Brasil, a notoriedade e protagonismo negro não deve ganhar relevância apenas nesse mês, novembro.
A pauta antirracista deve ser colocada como principal em todos os âmbitos, ocasiões, pois a juventude entende que nossa luta tem em essência o antirracismo
A pauta antirracista deve ser colocada como principal em todos os âmbitos, ocasiões, pois a juventude entende que nossa luta tem em essência o antirracismo, logo a UBES faz frente vanguardista contra o governo vigente e propõe a construção de um novo Brasil, que valorize a diversidade, ante o preconceito racial, em combate a misoginia, contra a homofobia.