Diante da pandemia pelo novo coronavírus que atinge milhares de pessoas pelo mundo e recentemente chegou ao Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) garante atendimento gratuito e vai salvar milhares de vidas. No entanto, é preciso valorizá-lo e defendê-lo para que esse sistema supere seus problemas e continue aprimorando o atendimento.
Em entrevista ao portal Brasil de Fato, o médico sanitarista Gastão Wagner de Sousa Campos, ex-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), afirmou que o SUS suporta a epidemia do coronavírus, mas precisa de mais investimentos.
“Se a epidemia crescer, como previsto, está faltando, faltando principalmente médico, faltam unidades básicas de saúde. O que tem que ser feito é investir recursos”, diz o médico que também aponta como o sistema brasileiro é uma vantagem comparado aos sistema de outros países.
“Os sistemas únicos são uma rede que, ainda que tenha fragmentação como no Brasil, com estados e municípios, a fragmentação é bem menor do que, como nos Estados Unidos, que o governo teve que articular os serviços privados”, explicou Gastão.
Fim do piso de investimentos NÃO!
Instituído pela Constituição Federal de 88, o direito à saúde como um “direito de todos” e “dever do Estado”, o SUS é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país.
A saúde e a educação têm piso de investimentos. O mínimo a ser aplicado hoje é o montante do ano anterior mais a inflação corrigida. A Constituição determina que estados e municípios devem destinar 12% das receitas para saúde e 25% para educação. Municípios também com 15% e 25% cada respectivamente. Mas Bolsonaro e Paulo Guedes querem acabar com isso.
Sob a justificativa de maior liberdade aos municípios, a chamada PEC do Pacto Federativo (PEC 188/2019) quer o fim do piso para educação e saúde. Em um artigo publicado por pesquisadores de políticas públicas da Universidade de São Paulo (SP), apontam que com a quebra do piso, o Governo Federal estará isento de buscar alternativas para o financiamento de estruturas como hospitais e escolas, afetando milhões de brasileiros, principalmente em municípios onde a arrecadação interna de impostos é menor do que o necessário para custear suas políticas públicas.
Os estudantes precisam ficar atentos aos ataques à saúde e educação para que não tirem nossos direitos já conquistados. A defesa constante dessas duas áreas é essencial para o futuro da juventude brasileira.
Hora de ficar em casa, secunda!
A UBES lançou uma nota na última terça-feira (17) que recomenda a suspensão imediata das aulas para evitar a maior propagação do vírus e garantir a saúde das famílias. Ainda que jovens não estejam no grupo de risco do coronavírus, são potenciais transmissores para seus familiares, vizinhos e trabalhadores das escolas, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Para diminuir a possibilidade de contágio é importante mudar práticas de higiene e comportamento. Veja dicas de como se prevenir do coronavírus.