Pela segunda vez em menos de um mês, os atos de 19 de junho de 2021, assim como em 29 de maio, foram um grito de resistência e esperança no sombrio Brasil de Bolsonaro, pelo impeachment do presidente da República, contra cortes na rede federal de ensino e por urgência para as prioridades “vida, pão, vacina e educação”.
As cuidadosas mobilizações convocadas pelas entidades estudantis e movimentos sociais reuniram milhares de pessoas em todas as capitais e centenas de cidades nos dois dias de luta, observando os cuidados sanitários – como uso e distribuição de máscaras, álcool em gel e distanciamento -, solidariedade – com recolhimento de alimentos para doação – e muita revolta pela má condução da pandemia.
Rozana Barroso, presidenta da UBES, contextualizou: “Se a gente fica em casa, pode morrer de tiro. Para sair de casa, não tem vacina, não tem leito, pode morrer de Covid. Se vai trabalhar, não tem emprego. Se quer comer, não tem auxílio emergencial. Se vai estudar, tem os cortes na rede federal. Se o único cenário que Bolsonaro desenha para o povo brasileiro é a morte, precisamos lutar pelo Fora Bolsonaro”.
Além do impeachment, atos exigem vacina para toda a população, investimento na educação e atenção ao combate à fome. Este ano, institutos federais tiveram R$ 770 milhões de cortes, além do orçamento R$ 1 bilhão menor nas universidades federais.
Foram regra nas manifestações pelo Brasil cuidados sanitários como uso e distribuição de máscaras, álcool em gel e distanciamento social. O #14J aconteceu uma semana após o presidente Jair Bolsonaro questionar o uso de máscaras e no momento em que o país se aproxima de 500 mil mortes por Covid-19.
Para a UBES, o alto número de mortes e as crises por falta de vacinação são responsabilidade do governo federal, que recusou vacinas e soluções científicas para a pandemia de coronavírus.
As palavras de ordem do movimento secundarista ganharam toda a população que acredita em caminhos menos sombrios para o futuro nacional, diante da falta de combate à pandemia, aumento da insegurança alimentar e da evasão escolar.
“Nós, secundaristas, somos rebeldes com causa sempre que a história precisa. Nesse momento de tanta desesperança, mortes e cortes, precisamos defender a educação, a ciência, além de salvar o ensino técnico para salvar o Brasil “, explica Rozana Barroso, presidenta da UBES.