Após um dia intenso de mobilização estudantil, o Senado Federal adiou a votação da PEC 186 nesta quinta-feira, 25/2. A PEC da Destruição, como o movimento social a desmascarou, pode estender o auxílio emergencial, mas também acabar com os pisos mínimos de investimento na Saúde e Educação, como apenas ditaduras fizeram no Brasil do último século.
“O auxílio emergencial e os investimentos em saúde e educação precisam andar de mãos dadas no enfrentamento a fome e a miséria. Não existe sair da crise sem estes direitos“, avisa Rozana Barroso, presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas.
Rozana esteve em Brasília para pressionar o Senado Federal, e em muitos estados secundaristas estenderam faixas, distribuíram panfletos e protestaram, com os cuidados necessários diante da pandemia de coronavírus. A pressão também foi enorme nas redes sociais, com comentaços nas redes de senadores e senadoras, e destaque para a tag #AuxílioSimDesmonteNão no Twitter. O dia de luta teve organização da UBES, da UNE e da ANPG.
O movimento exige mais verba e planejamento para o ensino público, neste momento em que se agravam as diferenças sociais, as dificuldades para acessar a educação, a crise econômica e sanitária. Outra reivindicação estudantil é a agilidade na imunização, além de prioridade para profissionais da educação na fila da vacina.
A UBES e a UNE, além de diversas outras instituições, como o Ministério Público Federal, lembram que eliminar os investimentos mínimos em educação compromete o funcionamento do novo Fundeb, uma conquista recente essencial para a escola pública.
Com o envolvimento da juventude e de vários setores da sociedade contra este absurdo, o governo retrocedeu, nesta sexta, 26/2, e diz que apresentará novo relatório da PEC Emergencial na próxima semana. Secundaristas continuam na luta!