Entendendo que nesse momento crítico da pandemia no Brasil a prioridade deve ser a defesa da vida, a UNE e UBES lançam a campanha “Vacine a Educação”, pela imunização dos profissionais de educação contra a COVID-19, e, assim, criar melhores condições. para o retorno às aulas presenciais.
As entidades estudantis defendem que a vacinação deve somar aos investimentos necessários para adequar as escolas e universidades à segurança sanitária, para que o retorno às aulas presenciais ocorra efetivamente com segurança à vida de trabalhadores e estudantes.
O Brasil é o país que teve escolas fechadas por mais tempo em todo o mundo, além disso, para as entidades, o ensino remoto tem escancarado desigualdades sociais, elevado à evasão escolar, aumentado o trabalho infantil, causado desnutrição, por falta de merenda e milhões de estudantes em todo país, sem acesso à internet, não tiveram aulas, o que causa impactos no aprendizado por anos. Dessa forma, é urgente que as aulas retornem, desde que a vida das pessoas estejam preservadas.
“A educação é a saída para diversos problemas sociais e para o desenvolvimento do país, o retorno ao ensino presencial deve ter como pressuposto as condições epidemiológicas do momento, a capacidade das instituições de educação de garantirem protocolos de segurança e principalmente da imunização dos profissionais da área, para que esse retorno seja realizado de forma permanente e que não traga impactos à vida dos brasileiros”, avalia Iago Montalvão, presidente da UNE.
Para Rozana Barroso, presidente da UBES, o Ministério da Educação ficou ausente em muitas discussões importantes sobre a educação na pandemia, incluindo soluções para a falta de acesso digital dos estudantes, e, agora, deveria estar atuando pela ampliação da vacina, para o retorno das aulas presenciais:
“Priorizar o investimento na ampliação das doses e garantir que profissionais da educação sejam imunizados é garantir que vidas sejam salvas. A educação e a vacina salvam vidas”
A UNE e UBES ainda se posicionam pelo avanço da vacinação e contra o descaso do governo na política de imunização. “O atraso nas vacinas, fruto de negligência do Governo Federal, impacta em um número ainda maior de mortes pela Covid-19 e ainda atrasa serviços importantes para o país. É urgente a aceleração da vacinação para todos e que os profissionais de educação sejam incluídos na prioridade em todos municípios do Brasil”, completa Iago.
As entidades estão levando a reivindicação aos secretários de Saúde e de Educação dos estados para que o processo de imunização seja adiantado