São Paulo, 11 de setembro de 2021.
O ano de 2021 tem sido marcado pelas consequências da política genocida e antidemocrática de Bolsonaro. Pelas decisões políticas do Governo Federal, o país tem enfrentado aprofundamento da crise econômica, social e política, com aumento do desemprego, da vulnerabilidade social e fome, além dos desafios impostos pelo retorno às aulas presenciais e continuidade das pesquisas. E mesmo com esse cenário, na semana que o Brasil se aproxima da marca de 600 mil mortos pelo coronavírus, Bolsonaro tem como agenda prioritária inflar a população para uma ruptura institucional, como mostrou no último dia 7 de setembro, agravando, ainda mais, a instabilidade das instituições democráticas ao mesmo tempo em que negligencia a morte e a fome que atingem milhares de brasileiros. Por isso, mais do que nunca, é fundamental reunirmos amplos setores pelo Fora Bolsonaro.
Afirmamos que as entidades estudantis não organizam e não convocaram as manifestações do dia 12, apesar de reconhecerem a importância de todas as iniciativas em curso que tenham como centro a defesa do Fora Bolsonaro. Neste sentido respeitamos todos os dirigentes das entidades que decidam participar dos atos. Trabalharemos, em conjunto com a Campanha Nacional Fora Bolsonaro, para que a próxima manifestação nacional #ForaBolsonaro, com indicativo de acontecer no dia 2 de outubro, seja
ampla, unitária e que reúna todos que defendem esta pauta.
Assim, convidamos toda a rede do movimento estudantil – CAs, DCEs, DAs, grêmios, APGs, coletivos, federações e executivas de cursos – a se juntar às Entidades Estudantis Nacionais pelo Fora Bolsonaro, a assinar o manifesto dos estudantes brasileiros e construir um calendário de lutas e mobilizações estudantis pelo impeachment do presidente.
A nossa geração enfrenta hoje o momento mais difícil de sua história. A convergência da crise econômica e social, evidente pelos altos índices de desemprego e número de brasileiros em situação de pobreza, com a crise política, diante das revelações das ações criminosas do governo Bolsonaro, têm levado ao seu enfraquecimento. Enquanto milhares de brasileiros perdem suas vidas, enfrentam a fome e se vêem impedidos de acessar as escolas e universidades, o presidente concentra sua energia em inflar seus apoiadores a apoiar um golpe de Estado.
Como Inimigo número 1 da democracia e das instituições, ele tentou levar milhares de
manifestantes às ruas no último dia 7 para deflagrar um golpe de Estado. Não bastassem os escândalos e crimes em série cometidos por seu governo, os quais vieram à tona por meio da CPI da COVID, Bolsonaro, ao utilizar-se de um discurso de ódio, incitando a violência contra adversários políticos, ministros da Suprema Corte e deslegitimar os poderes da República, comete verdadeiro crime de responsabilidade e cria um clima de hostilidade e violência política que há muito não se via no Brasil.
E a única saída capaz de deter a sanha golpista de seu governo e seu projeto de destruição
nacional é a mobilização nas ruas. Já fomos milhões nas ruas em defesa do Brasil e a gravidade do momento exige que ampliemos essa unidade.
E mais uma vez, a história convoca os estudantes brasileiros a continuarem seu papel de
protagonismo nesse processo. É hora de mobilizarmos a rede do movimento estudantil em grandes passeatas. Defender as liberdades democráticas e a União Nacional dos Estudantes contra qualquer ataque autoritário. É preciso dar continuidade a esse processo de mobilização com responsabilidade, coesão, unidade e amplitude. A ampliação da oposição ao governo Bolsonaro nas ruas inaugura uma nova fase da nossa luta, e cria mais condições de vitórias do que nunca.
Por fim, reafirmamos nossa posição pelo impeachment de Bolsonaro e convocamos os estudantes, CAs, DCEs, DAs, grêmios, APGs, coletivos, federações e executivas de cursos, a se somarem à essa luta.
Este governo tem aprofundado as consequências das crises enfrentadas, e não apresenta qualquer saída para a melhora da vida do povo em nosso país. Derrubar Bolsonaro é tarefa primordial da nossa geração! #ForaBolsonaro