Com um ano de pandemia no Brasil, descontrole do contágio, seguidos recordes de mortes e de absurdos do governo Bolsonaro, as entidades estudantis nacionais chamam a sociedade para se unir em torno da ciência, do conhecimento e da vida como saídas para as crises atuais – incluindo a crise do ensino. “A juventude quer vida, pão, vacina & educação” é o tema central da Jornada de Lutas 2021 convocada pela UBES, UNE e ANPG para o mês de março, com ações no dia 30 de março.
“É o grito dos estudantes que não aguentam mais e que não se calarão diante de um governo genocida”, afirma Rozana Barroso, presidenta da UBES. “Não podemos perder uma geração para a desesperança, a fome, o trabalho precário, a evasão escolar. Exigimos urgência para vacinar toda a população, exigimos direito à vida!”, completa.
Haverá ações nas redes sociais ao longo de toda a quinzena e principalmente no dia 30 de março, também com atos simbólicos nas ruas, respeitando o distanciamento social e o contexto de cada localidade.
As reivindicações da Jornada de Lutas são agilidade na imunização, auxílio emergencial, planos nacionais sólidos para enfrentar a pandemia e a crise econômica, além de soluções urgentes para o acesso à educação.
A Jornada de Lutas 2021 foi aprovada em reunião das Diretorias Executivas da UBES, UNE e ANPG nesta terça, 16/3. Também ficou definida a realização conjunta da 12ª Bienal da UNE – Festival dos Estudantes que esta edição terá como tema “Brasil, um povo que resiste”. A abertura do maior festival estudantil de Cultura e Arte, como é conhecido, será no dia 27 de abril e a programação de mostras e debates acontece de 19 a 23 de maio, majoritariamente online.
A Jornada de Lutas da Juventude é um conjunto de mobilizações que acontece historicamente no mês de março, em homenagem a Edson Luis, secundarista assassinado pela polícia da Ditadura Militar em 28 de março de 1968, no Rio de Janeiro. As ações também “descomemoram” o Golpe Militar de 1964.
Nesta Jornada de Lutas, a UBES chama atenção para a situação da educação ao longo da pandemia no Brasil, que tem excluído a juventude em situação mais vulnerável e aprofundado desigualdades, especialmente por falta de uma coordenação nacional para construção de soluções.
A entidade secundarista lançou este mês uma nota técnica com 66 páginas, em parceria com o Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ), sobre o Direito Humano à Educação na Pandemia. Além dos impactos diretos no abandono escolar e defasagem de aprendizados, as instituições apontam a insegurança alimentar e o trabalho infantil como impactos indiretos da distância entre estudantes e escolas.
Em nota oficial de 2 de março, a UBES se posicionou sobre a urgência de controle da pandemia para que a educação presencial pudesse ser oferecida. Também cobrou o atraso na preparação da escola pública tanto para receber estudantes quanto para ofertar aulas a distância com conectividade.
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A meia-entrada é um direito dos estudantes, mas é necessário soicitar o seu DNE para garantir esse direito.