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Abertura da CONAE 2014 exalta participação popular

Cerca de 3 milhões de pessoas contribuíram para construção da etapa nacional que começou nessa quarta (19)

Reunidos em Brasília, estudantes, professores, profissionais da rede de ensino e representantes do governo lotaram a abertura da Conferência Nacional de Educação nessa quarta-feira, 19 de novembro. Entre delegados e observadores, o fórum é composto por 4 mil participantes eleitos durante as etapas preparatórias (conferências livres, municipais e/ou intermunicipais, estaduais e distrital) que envolveu 3 milhões de pessoas.

O objetivo da CONAE é garantir a participação dos entes federados e instituições que defendem o ensino do país. Neste ano, na abertura da conferência que homenageou o patrono da educação brasileira, Paulo Freire, estiveram presentes estudantes da UBES, UNE, ANPG e outras entidades da sociedade civil.

Entre as autoridades do governo,  o coordenador do Fórum Nacional de Educação, Francisco das Chagas Fernandes; presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Glauber Braga; ministro da Educação, José Henrique Paim; ministro Gilberto Carvalho; ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello; ministra dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto.

Com a presença da presidenta Dilma Rousseff, a programação principal da quinta-feira (20) será a apresentação e aprovação do Regimento.

UBES ergue bandeira pela reformulação do ensino médio

A presidenta da UBES, afirma que os estudantes estão entusiasmados e com pauta bem definida. “Acabamos de sair do nosso Seminário de Educação, vamos trazer o debate das salas de aula para um fórum nacional onde democraticamente estudantes e professores são delegados e decidirão estratégias importantes para educação. Os secundaristas já levantaram a bandeira central pela reformulação do ensino médio”. Veja emendas e propostas da UBES aqui.

Para o coordenador do Fórum Nacional de Educação, Francisco das Chagas Fernandes, é preciso aprovar propostas que ajudem estados e municípios a fazer seus próprios planos de meta. “O ineditismo que começamos em 2008 foi colocar, pela primeira vez a sociedade civil e o poder público para falar da educação. Em 2010, discutimos o PNE e avançamos aumentando o percentual de investimento de 7% para 10%. É possível sim fazer propostas e aprovar leis com a participação social”.

O secretário de assuntos educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, saudou as lideranças estudantis e a necessidade de propor uma política nacional de educação. “Precisamos construir um marco legal articulado que indiquem condições para políticas educacionais que promovam a inclusão social e a valorização da diversidade”, disse.

A educação é um ato político

Ainda sobre a importância da sociedade civil na formulação da educação em todo país, o ministro Gilberto Carvalho diz que a educação é “um ato político” que precisa ser participativo e de construção coletiva.

“Queria que estivessem aqui os parlamentares que contrariam o decreto da presidenta Dilma, para que eles entendam a importância da educação e considerem que as melhores políticas sociais dos últimos 12 anos foi resultado dessa relação entre governo e sociedade. Estamos exercitando a prática da democracia que aumenta a nossa certeza de acertar”, declarou.

Relembrando que o Ministério da Educação completou 84 na última semana, o ministro da pasta, José Henrique Paim, diz que a educação vai libertar e emancipar o país. “Construímos um padrão de financiamento e avaliação dos sistemas educacionais, um novo padrão de relações com estados e municípios. Temos que avançar ainda mais. A palavra mágica é compromisso político”.

O ministro encerrou a abertura da CONAE salientando a importância do compromisso do PNE em garantir acesso, qualidade e equidade, entre outras coisas, emancipando a juventude e valorizando os professores.

A conferência segue até o dia 23 de novembro, acesse a programação e participe.