Com protesto de apoio que reuniu ontem cerca de 200 estudantes no estado alagoano, inicia nessa terça-feira (13/11), paralisação geral dos professores da rede estadual do estado em movimento que pretende pressionar o governo a enviar à Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) plano que traça diretrizes que garantam a valorização dos profissionais da educação e de toda categoria, o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).
O ato, que contou a presença de vários grêmios estudantis, foi marcado por forte protesto dos secundaristas em frente à Secretaria Estadual de Educação, onde deixaram um recado para o secretário e o governador em afirmativa da juventude em apoio aos professores. Com várias palavras de ordem, como “O professor é nosso amigo, mexeu com ele mexeu comigo”, os manifestantes realizaram também protesto em frente ao Centro Educacional de Pesquisas Aplicadas (Cepa), um dos maiores complexos educacionais do Brasil.
O ato seguiu sentido as principais avenidas da capital, como a Avenida Fernandes Lima. “Acreditamos que o primeiro passo pra termos uma educação de qualidade é a valorização dos professores. Nossa luta não para por aqui”. afirmou Dário Rosalvo, diretor da UBES em Alagoas.
Além da aprovação imediata do PCCS unificado, os servidores reivindicam a garantia de pagamento do reajuste retroativo a maio de 2012 para o pessoal de apoio e administrativo, a vigência financeira do PCCS para o magistério (ativos e aposentados) e secretário escolar, definida para janeiro de 2013, além do pagamento das sobras do Fundeb sob forma de rateio para o magistério ativo, conforme a Lei do Fundeb, de 2007.
“A luta dos estudantes é para além do aumento salarial dos professores. Exigimos professores valorizados e capacitados. Sabemos que a greve pode nos prejudicar, mas se essa é a única solução para que o governador passe a nos respeitar, nós apoiamos a luta dos profissionais da educação”, defendeu Neto Vasconcelos, presidente do grêmio da Escola Estadual Moreira e Silva.
Nesta quarta-feira (14), às 9h, os servidores da Educação farão uma assembleia para discutir a agenda grevista.