A EDUCAÇÃO QUE DEFENDEMOS
A Educação Pública é o setor que mais sofre com essa política de privilégios para o “Deus-Mercado”. A situação é grave: apenas 4,7% do PIB nacional são investidos em Educação. A realidade vivida nas escolas é de sucateamento. Uma escola não atrativa, antidemocrática e longe dos avanços tecnológicos, que acaba sendo grande responsável pela evasão dos estudantes.
É inaceitável que quase metade da riqueza do país seja destinada ao pagamento de juros, enquanto a Educação que é um bem social não é tratada como prioridade para o país! O que nos deixa com um sentimento maior de indignação é que o governo brasileiro repasse US$10 bilhões para tentar salvar os bancos e servir de muro para proteger o FMI da crise, enquanto nós estudantes, estamos em salas de aulas sem condições mínimas de aprendizagem. Temos a convicção de que o país não pode usar o dinheiro que deveria ser do povo para servir de colchão anticrise. A educação não pode pagar por um problema causado pelo sistema neoliberal!
Outro debate polêmico que devemos travar sobre a educação, é relativo ao fato de muitas escolas nos dias atuais serem tratadas como verdadeiros presídios. Em nossas escolas estão sendo implantados “Sistemas penitenciários de segurança”, com grades e policiais armados. Essa não é a Educação que a UBES defende para o país. Não é a Educação que se configurará com papel determinante no desenvolvimento do Brasil. Repudiamos também o fechamento de escolas no turno da noite, que vem se repetindo em muitos estados do país e que superlota as salas, dificultando mais ainda a existência de aulas produtivas.
A greve dos professores e servidores de instituições federais já atingiu 95% das universidades federais, 34 institutos federais dos 38 existentes, além de 14 unidades do Colégio Pedro II, a greve tem pauta extensa de valorização dos profissionais em educação, plano de cargos e carreiras, melhora da infraestrutura e maior investimento em educação.
O crescente ritmo de ampliação da rede de Institutos Federais é um grande avanço, mas precisa estar entrelaçado com a contratação de profissionais em educação através de novos concursos públicos e grandes investimentos para a garantia do tripé ensino, pesquisa e extensão com qualidade.
Defendemos uma escola, que exercite e avalie com os estudantes constantemente o desenvolvimento pedagógico e que este garanta acessibilidade, profissionais qualificados, uma escola com boa estrutura física e socioeducacional, dinâmica e que se renove acompanhando sempre as novas gerações. Uma escola conectada, atrativa e sustentável, que forme cidadãos eco conscientes
A escola do século XXI é aquela que de fato nos forme integralmente, dando condições reais para nossa inserção nas universidades e no mundo do trabalho, contribuindo assim na efetiva construção do país. A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas se faz presente na luta pela educação pública, democrática, laica e de qualidade para todos. Menos Juros, Mais Educação!
A Luta por mais investimentos na Educação tem grande respaldo na sociedade. Esse anseio se concretiza na defesa intransigente dos 10% do PIB para a Educação e no investimento de 50% do Fundo Social do Pré-sal em Educação, Ciência e Tecnologia, bandeiras estas levantadas pelo Movimento Estudantil.
Carta aprovada durantes reunião da diretoria Executiva da UBES no dia 25 de junho. “A UBES reafirma a necessidade de mais investimentos em educação na construção de uma escola que responda às necessidades não só da juventude, mas que também contribua para o desenvolvimento do Brasil”, defende o diretor de Políticas Educacionais, Lucas Chequetti.