Ubes – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas

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ESTUDANTES SEGUEM APOIANDO A GREVE DOS PROFESSORES

A greve dos professores, que acontece simultaneamente em diversos estados do país, demarca mais uma luta a favor da educação brasileira, abraçando pautas nacionais e regionais ao lado do movimento estudantil. A União Brasileira dos Estudantes (UBES), ao lado das entidades estaduais, declara total apoio aos profissionais de educação, considerando que para garantirmos de fato um ensino de qualidade nas salas de aula é preciso valorizar os nossos professores. Confira aqui um balanço sobre as mobilizações em cada estado.

BAHIA_
Apoiada por 37.800 docentes da rede estadual, na Bahia, a greve teve início há oito dias, cobrando um reajuste linear para a categoria, já acordado entre o governo e os professores no ano passado. Para inibir a mobilização, a greve foi declarada irregular, e nessa sexta-feira (20), a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Educação informou corte no ponto dos professores, no qual serão retirados os dias que correspondem ao período do dia 12 de abril em diante.

Apesar da ação arbitrária da impressa, que tem se oposto à luta dos professores, os estudantes seguem mobilizados para conscientizar a juventude e ampliar o apoio aos professores, conforme fala o presidente da Associação Baiana Estudantil Secundarista (ABES), Wesley Machado. “Entendemos que a greve é ruim, mas chegamos a um extremo em que não há contato com o governador, e por se tratar de uma luta constante em defesa da educação. Apoiamos a bandeira dos professores, que sem dúvidas, perpassa a qualidade do ensino que recebemos nas salas de aula”, defende.

Com colchonetes e cartazes de reivindicação, desde ontem (19), 500 professores e cerca de 30 estudantes da ABES, União Municipal dos Estudantes de Simões Filho (Umesf) e UBES estão acampados na Assembleia Legislativa, prometendo permanecer no local até o dia 24, quando será votado o projeto de lei que prevê o aumento salarial dos professores não licenciados. O impasse principal para solução persiste, pois, com a obrigatoriedade de cumprimento do piso nacional, de R$ 1.451 para a categoria, o governo enquadrou os docentes que têm nível superior – que já ganhavam mais que o piso nacional – no reajuste que abrangeu todo o funcionalismo público estadual (6,5%) e levou a administração estadual a apresentar um projeto de lei elevando em 22,22% os vencimentos dos professores que têm apenas ensino médio e ganhavam menos que o piso.

AMAPÁ_  
Com a estrutura das escolas entre os piores índices de qualidade do país, a greve dos professores no Amapá teve início ontem (19), reivindicando a falta de 33,7% para chegar ao piso salarial dos docentes (valor mínimo do salário), já reunindo diversos grêmios estudantis entorno das pautas da classe no estado. Nas escolas, grandes mobilizações começam a se articular internamente, com grêmios de forte organização do movimento estudantil, entre eles, Edson Luís, Cívico Literário Rui Barbosa, Tiradentes, Alexandrina, todos participativos para conscientizar ainda mais a juventude.

“Os estudantes amapaenses sempre estiveram ao lado dos professores, lutando por este direito que temos de reivindicar e atender ao piso salarial que é lei. Sem isso, não teremos qualquer mudança na nossa educação”, afirma o presidente do grêmio Alexandrina, Uemiço Morais.

Na próxima semana, os grêmios preparam nota de apoio à greve, convocando os estudantes para irem às ruas em defesa da educação. A greve, segundo o Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap), segue por tempo indeterminado.

SÃO PAULO_
Em São Paulo, os professores da rede estadual realizaram nessa sexta-feira (20), em assembleia, reivindicações para que o governo cumpra as regras da jornada de trabalho dos professores pela Lei do Piso – que impõe um salário mínimo de R$ 1.451 para o magistério, além de determinar que os professores tenham um terço da jornada de trabalho destinada às atividades extraclasse.

Durante Assembleia Geral dos Professores convocada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) no Pacaembu, a União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES) declarou total apoio aos profissionais de educação. “Essa pauta também é nossa, os estudantes estiveram presentes desde o início da paralisação em diversas regiões do estado, que além da capital, mobilizou Baixada Santista, Guarulhos e municípios do interior como Sertãozinho”, contou Nicoly Mendes, presidente da entidade.

PARAÍBA_
Mais de mil professores da rede municipal de ensino em Santa Rita, região metropolitana de João Pessoa, estão em greve há 30 dias. Os professores reivindicam a aprovação do projeto de reajuste salarial na Câmara.

A previsão era de que as aulas começariam no dia 16 de abril, após um acordo firmado por um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre a prefeitura do município e o Sindicato dos Funcionários de Santa Rita (Sinfesa), com intermédio do Ministério Público, no dia 9 de abril. Mas, como o projeto de reajuste não foi encaminhado para Câmara pela prefeitura de Santa Rita, os professores seguiram com a greve. No total, 55 escolas estão de portas fechadas.

Em breve, mais notícias de outros estados em greve.