Diante do orçamento abusivo de 156 milhões para Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP) previsto para 2012, no último dia 12, a mobilização da sociedade capitaneada pelos estudantes surtiu efeito, quando o deputado Moises Sousa anunciou a redução da verba indenizatória de R$ 100 mil para metade, e o valor da diária de R$ 2.600 para R$ 1.600 reais, além do fim das diárias internacionais. Para o conjunto da Sociedade isso representa um avanço, mas não resolve o problema, pois sabemos que o atual R$ 156 milhões para 2012, representa um aumento de cerca de R$ 60 milhões (63%) comparados ao ano anterior que foi de R$ 96 milhões, totalmente fora da realidade.
Comparado aos gastos de outras assembleias estaduais, o orçamento da ALAP é totalmente desproporcional as necessidades de despesas próprias do poder legislativo. O montante de 156 milhões de reais é maior do que o executado pela prefeitura de Santana, segundo maior município do Estado, que conta com uma população de 100 mil habitantes, enquanto a Assembleia possui apenas 24 deputados estaduais, 134 servidores efetivos, 2.847 cargos de confiança direcionados como cabide eleitoral para os parlamentares.
Sendo assim, propomos:
1. Redução em 50% do valor total do orçamento atual do Legislativo Estadual já!
2. Devolução do excedente ao Executivo para que sejam utilizados na valorização salarial dos servidores, atendendo ao Piso Salarial da Educação e Saúde. Além de investimentos em saúde, educação, infra-estrutura e outras áreas com problemáticas sociais;
3. Transparências nos gastos públicos da ALAP com site detalhando minuciosamente todas as despesas orçamentárias;
4. Fixação do teto da verba indenizatória da Assembleia Legislativa no mesmo valor da Câmara Federal o que já seria um valor razoável;
5. Diária dos deputados estaduais compatível com as diárias dos Poderes Executivo e Judiciário;
6. Apoios às investigações da Operação Mãos Limpas da Polícia Federal no que tange ao inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de responsabilidade do ministro Otávio Noronha;
7. Todo apoio ao MPE e ao MPF para que sejam apuradas todas as denúncias de corrupção no estado do Amapá. Conclamamos ainda toda a população amapaense, sociedade civil organizada em geral, em especial a OAB, Sindicatos, Centrais Sindicais, movimentos populares e entidades históricas de luta em defesa do povo do Amapá a virem somar junto conosco nessa luta;
Macapá – AP, 12 de abril de 2012.
União Nacional dos Estudantes – UNE
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES
DCE-UEAP, Centros Acadêmicos, Grêmios Estudantis
Central Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
Movimento de Combate a Corrupção (MCC)
Federação das Associações Comunitárias do Amapá – FECAP Federação das Associações de Moradores Zona Norte