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Capital Recôncavo Baiano recebe grande manifestação de escolas públicas

Mais de 600 estudantes de Santo Antônio de Jesus (BA) se somaram à Paralisação Nacional e tomaram as ruas exigindo melhora na educação

 Localizado na região do Recôncavo Sul do estado e sendo considerado a ‘capital’ da área devido sua importância como centro comercial, o município de Santo Antônio de Jesus (SAJ) participou nesta quinta-feira (17/10) da Paralisação Nacional, aproximadamente 600 estudantes marcharam nas avenidas em ato inédito na cidade onde nunca uma manifestação reuniu todas as escolas públicas.

Engrossando a luta nacional pelos professores, os estudantes santo-antonienses pedem remuneração justa, valorização profissional e o pagamento imediato dos salários atrasados de toda a categoria, as pautas incluíram o passe livre estudantil, ampliação da estrutura física das escolas e atualização do currículo pedagógico.

Os profissionais da educação de SAJ apoiaram e aderiram à manifestação, o presidente da União Municipal de Estudantes Secundaristas de Santo Antônio de Jesus (UMES-SAJ) e vive-presidente da Associação Baiana Estudantil Secundarista do Recôncavo (ABES-Recôncavo), Cadú Santtos, explica: “A maioria deles está há três ou quatro meses sem receber, não só professores como também zeladores, porteiros e outros funcionários que continuam trabalhando mesmo sem a remuneração financeira”.

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Paralisação Nacional marca 1ª ato reunindo escolas públicas da cidade

Durante os grandes atos iniciados em junho a capital do Recôncavo observou o cenário nacional, reuniu suas bandeiras e no dia da Paralisação Nacional dos Estudantes, para mostrar a insatisfação com a atual situação das escolas e dos salários dos professores, mobilizou seis centenas de secundaristas. O líder estudantil Cadú Santtos afirma: “É um número significativo numa cidade onde nunca houve uma manifestação formada por estudantes do ensino público”.

Sobre a organização Cadú conta: “Fizemos o chamado extraordinário nas escolas e às 13h éramos 200 na praça de concentração, as lideranças se dirigiram ao colégio estadual Francisco Conceição de Menezes, onde a diretoria recusou liberar os 400 estudantes que queriam participar. Então, quem esperava na praça tomou à frente da escola forçando a diretoria a decidir a liberação”.

Foi solicitado à guarda policial o acompanhamento durante o percurso do ato pacífico e os veículos de comunicação locais destacaram a manifestação e suas pautas. No âmbito municipal falta diálogo de autoridades e governantes com os estudantes, que não pretendem recuar, já indicando o passe livre estudantil como próximo mote.