Em mobilização que reuniu principais escolas da região sul fluminense, secundarista é preso sob ordem de diretoria escolar
Essa quinta-feira (17) foi dia de mais um grande ato dos estudantes secundaristas com a Paralisação Nacional dos Estudantes. Depois das atividades iniciadas às 7 da manhã na Praça Brasil, região central, as escolas mais distantes do Rio de Janeiro começaram a tradicional movimentação com todo corpo escolar. Entre as instituições estiveram na paralisação o Instituto de Educação Professor Manoel Marinho, Ciep 295 Glória Rossino, Colégio Municipal Getúlio Vargas e os Colégios Estaduais Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.Instituo Pro
Especialmente na Ciep Glória Rossino, os estudantes já haviam organizado a paralisação na semana anterior, conquistando o apoio dos estudantes e professores na greve simbólica. Já havia passado o intervalo, todos já estavam no pátio, quando a diretoria escolar da instituição chamou a polícia.
Mesmo com apoio dos professores, o secundarista, diretor de grêmios da União Municipal de Volta Redonda, Adson Trocades, que participou de toda conscientização interna da escola, foi preso. Segundo o estudante, todos demonstraram seu repúdio à ação da diretoria. “Já havíamos combinado toda movimentação, e a postura adotada demonstra a falta de diálogo e de liberdade contra ação legítima dos jovens da escola”.
Liberdade de organização dos estudantes é gestão democrática
A vaia foi geral quando policiais prenderam um estudante que, de maneira organizada e representando o movimento estudantil, incluiu a Ciep no quadro nacional da UBES. Adson comenta que mesmo reafirmando o direito de livre organização, foi detido. “Todos os estudantes vaiaram, pois já havíamos conversado nas salas, os professores apoiaram a nossa causa. Nós sabemos que é nosso o direito de livre organização”, comentou o jovem.
Segundo outro diretor da UMES, o tesoureiro Júnior, o evento foi fruto de uma parceria entre todas as escolas envolvidas e sinaliza a necessidade de continuar fomentando ações como a desta quinta-feira. “As escolas centrais permanecem convocadas e com presença confirmada para nossas próximas ações que será encaminhar uma carta oficial do movimento estudantil ao prefeito do município para criar o passe livre para os estudantes”, comentou.
Dentro do histórico de mobilização pelo acesso ao transporte público e de qualidade, Volta Redonda no mês de novembro será palco de novas manifestações fomentadas pelos mesmos estudantes que pressionaram por mudanças na educação durante o ato de paralisação nacional desta terça-feira.