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Com protestos, estudantes de Salvador (BA) lutam para não ter escola fechada

O Grêmio do colégio organizou ato na quarta-feira (06/11) para que seja construído o novo prédio da instituição, que já tem terreno da prefeitura e verba liberada, sem isso as aulas serão suspensas

Dezenas de estudantes do Colégio São Daniel Comboni, no bairro de Sussuarana em Salvador, realizaram uma manifestação na manhã da última quarta-feira (06/11), as bandeiras eram contra a suspensão das aulas e envio dos estudantes para outras escolas, devido à construção de um novo espaço para instituição. O protesto exigia também respostas do governo municipal sobre o terreno disponível e a verba para as obras (liberadas em 2012) que não foram usados na construção. Agora o imóvel alugado usado como escola foi vendido, sem que o novo prédio escolar esteja pronto, acarretando no envio dos estudantes para outros lugares.

A escola sempre funcionou no prédio alugado pela Secretária de Educação (SEC), com a expectativa de que isso seria temporário. Por isso no mesmo bairro, já existe um terreno onde seria construída a escola, como conta o presidente da Associação Baiana Estudantil Secundarista (ABES), Wesley Machado: “Acontece que as coisas não se encaminharam e agora com o fim do prazo de aluguel o locatário decidiu vender para a construção de prédio residencial, até já chegam materiais na escola”.

Com a venda do terreno, sem que o novo local esteja pronto, os estudantes terão que ser remanejados para outras escolas, contra essa medida todo o corpo estudantil se mobilizou, com apoio dos professores e dos moradores da região. A permanência no lugar também era problemática, já que as instalações provisórias não podem ter laboratório de informática porque não tem rede elétrica compatível, entre outras dificuldades apontadas pelos estudantes.

Ainda segundo Wesley Machado, esse não é um caso isolado no estado. Principalmente no interior baiano, existem escolas funcionando em espaços desestruturados, para ele os estudantes fizeram um ato representativo no Colégio São Daniel Comboni: “Parando todo o entorno da escola para através de palavras de ordem e congestionamento no trânsito, dizer que essa escola não nos cabe, essa escola não nos serve. Essa é a nossa luta: a conquista de uma nova escola, que seja um ambiente estruturado e propício para o convívio estudantil. Vamos cobrar ate que a situação da escola seja resolvida, é um absurdo uma escola que atende uma demanda de centenas de estudantes no bairro acabar fechada por que a SEC não age no foco no problema”.