Estudantes se mobilizaram e conseguiram aprovação da prefeitura, agora acompanham a tramitação na Câmara da cidade que vota projeto na próxima semana
Após mobilizações estudantis, a prefeitura de Teixeira de Freitas, no extremo-sul baiano se propôs a adotar o Passe Livre no município que tem mais de 40 mil estudantes. Já foi iniciado agendamento do beneficio junto a Secretária de Assistência Social, mas o direito ainda não está instituído, o projeto precisa ser votado e aceito na Câmara Municipal da cidade.
A proposta tramitou na casa na sessão passada (17/09) e será votada na próxima terça-feira (24/09). O Passe Livre Estudantil é uma medida que dá a gratuidade no transporte público para aqueles devidamente matriculados nas redes de ensino. Como política pública que garantirá o acesso à educação, o Passe Livre combatendo problemas como a evasão escolar que ocorre muitas vezes devido a falta de assistência para o estudante chegar à escola.
Em Teixeira de Freitas, a conquista veio após manifestações que reuniram várias escolas do município e também do encontro de integrantes do movimento estudantil com o prefeito. Foram membros da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), União Estudantil da Bahia (UEB) e União Nacional dos Estudantes (UNE) que ajudaram a delinear o projeto de lei que assegura este direito, projeto que agora precisa da aprovação na Câmara para funcionar. Os estudantes seguem acompanhando a pauta.
Em encontro com as entidades, foi assinado junto ao prefeito João Bosco um documento encaminhando a pauta à Câmara Municipal. O secundarista teixeirense Pedro Fernando Azevedo de Carvalho afirma: “É importante ver que nossas lutas estão em pauta e esta é uma luta não é de hoje”.
Já em 2006 a estudantada está no enfrentamento por uma educação melhor na cidade e maneiras de fazer isso acontecer. Os estudantes teixeirenses também estiveram nas ruas durante as manifestações de julho.
O Passe Livre faz parte das bandeiras apresentadas em reunião com o poder Executivo, onde estavam demandas da segurança pública, saúde, transparência, educação e principalmente transporte público. De acordo com uma pesquisa realizada em 2001 pela Universidade de Campinas (Unicamp), 40% da evasão escolar é causada pela falta de condições para pagar o transporte.
Ao que Pedro Fernando diz ainda: “A juventude está mobilizada, e acho importante levantarmos novas bandeiras para o Congresso Nacional da UBES que vem aí”, finaliza.