Audiência da juventude com a presidenta discute educação brasileira

Presidenta da UBES comenta os temas centrais da audiência que tratou da educação como base para formação da nação brasileira

A presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Bárbara Melo, participou na última quinta-feira (10/4) da audiência de representantes do movimento de juventude com a presidenta Dilma Rousseff. A secundarista e disse que a partir das últimas conquistas do movimento estudantil pela aprovação dos royalties do petróleo para financiamento da educação, abriu-se a possibilidade de mudar a lógica educacional no país.

Bárbara informou que a presidenta Dilma considera que o ensino fundamental e médio deve ajudar na diminuição dos preconceitos enraizados em nossa sociedade como o racismo, o machismo e a homofobia. E que a educação sirva também para que todos possam ter o domínio sobre as áreas das ciências e de tecnologias.

“A gente acredita que precisa ter vários debates, com os estudantes, com a comunidade educacional como um todo, para poder acelerar essas mudanças na educação. Não podemos perder tempo”, afirmou a dirigente estudantil.

Plano Nacional de Educação

Sobre a discussão do Plano Nacional da Educação, Bárbara ressaltou que há preocupação do movimento estudantil na garantia do ensino público. “Por mais que tenhamos mais sucesso por vias privadas como Pronatec e o ‘Sistema S’, não dá para o governo achar que o ‘Sistema S’ é por si só um bom sistema educacional, tem que ter parâmetros de regulação do governo na iniciativa privada, para onde estão indo os estudantes.”

Para Bárbara, por mais que sejam disponibilizadas vagas, o sistema também tem que ser regulamentado. “O governo tem que se concentrar mais na avaliação dos estudantes e dos próprios educadores dessas instituições particulares para saberem se eles estão realmente a serviço da educação. Mantendo o padrão de qualidade.”

Na audiência, a presidenta Dilma retomou a defesa de um plebiscito para reforma política e conclamou os movimentos sociais para que pautem o Congresso Nacional sobre o tema e avisou que não tem unidade entre sua base aliada para aprovar o tema sem participação popular.

“O momento eleitoral é de discutir a reforma política e é preciso que os movimentos sociais pautem essa reforma”, disse a presidente, segundo relato de participantes da reunião. “Não pensem que conseguiremos a reforma política só na relação entre governo e Congresso. É algo que exige a participação dos brasileiros para coesão de forças”, acrescentou Dilma.

Do Portal Vermelho, com Redação