Evento acontece no Brasil e marca a unidade entre nações. O objetivo é estabelecer uma rede de proteção econômica para países emergentes
Com o ensejo de repudiar a agressão contra o povo palestino e debater o combate ao imperialismo, os estudantes da UBES e de diversos movimentos sociais participaram nessa terça-feira (15/07), na Assembleia Legislativa do Ceará, do Seminário ‘O BRICS, os Movimentos Sociais e a Luta pela Paz Mundial’.
O debate sobre o bloco econômico aconteceu paralelamente à VI Cúpula do BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul), iniciada em Fortaleza na última segunda-feira (14/07). O objetivo do evento sediado no Brasil é assegurar uma rede de proteção para os países emergentes.
Com a palestrante Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz, participaram do Seminário os estudantes da UBES e da UNE, além de representantes da CTB, Casa de Amizade Brasil-Cuba, Federação de Bairros e Favelas de Fortaleza, União Brasileira de Mulheres e UJS.
O vice-presidente regional da UBES, Edvard Neto, afirma que a unidade entre os países é extremamente expressiva por compreender 42% do total da população mundial.
“Defendemos a construção coletiva da cultura de paz no combater a atual política de guerra, representando uma nova visão global. Também será possível pensar o desenvolvimento sustentável e econômico capazes de priorizar a formação de um sistema de desenvolvimento mais igualitário e social, acabando com o monopólio do Fundo Monetário Internacional”, defende o líder estudantil.
Para as entidades estudantis, o combate ao imperialismo está no cerne da questão, como complementa a vice-presidente regional da UNE, Germana Amaral. “É nossa tarefa defender a soberania dos povos, assim como fortalecer a solidariedade entre as nações e combater o imperialismo norte-americano. Democracia, autonomia dos países e justiça social também devem ser pautas de primeira linha para o BRICS, acompanhando os avanços econômicos do bloco”, afirmou.
O encerramento da VI Cúpula do Brics acontece nesta quarta, em Brasília; a principal deliberação é a criação do Novo Banco de Desenvolvimento do bloco de cinco países em desenvolvimento. A instituição se espelha no Banco Mundial e terá capital inicial de US$ 50 bilhões (cerca de R$ 111 bilhões) dividido em partes iguais. Para constituir uma linha de defesa adicional para os países do BRICS em eventuais cenários de dificuldades de balanço de pagamentos também existirá o fundo de reserva com montante inicial de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 222,1 bilhões).
Da Redação, com Agências