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Juventude indígena é protagonista em Seminário na Bahia

Diálogos buscam qualidade na educação para todos e o cumprimento dos direitos dos povos étnicos

A primeira etapa do Seminário de Educação e Protagonismo da Juventude Indígena se realiza no dia 23 de agosto, na Escola Algeziro Moura Cumuruxatiba, localizada na aldeia Pataxó em Prado, extremo sul da Bahia. Ao todo, serão realizadas três etapas em diferentes regiões do estado para fortalecer o movimento estudantil e disseminar a cultura aborígene.

Os problemas enfrentados pelos povos indígenas são muitos, a segregação social, a luta por demarcações de terras e a dificuldade de acesso à saúde e à educação, são as principais delas. Apesar disso, nos últimos tempos, diversas etnias têm buscado a educação escolar como um instrumento em favor da redução das desigualdades e de afirmação dos direitos e conquistas de seus povos.

Entretanto, ainda estamos longe de um tratamento digno e justo aqueles que foram os primeiros habitantes desta terra. Não é de hoje que os povos indígenas vêm perdendo sua identidade, cultura, costumes e até mesmo sua história. Por conta disso, é de extrema importância que esta cultura seja fortalecida e que a juventude se faça cada vez mais presente.

Assim, a Associação Baiana Estudantil Secundarista (ABES), criou uma diretoria em prol do movimento indígena e realiza uma análise mais profunda na qualidade e perspectivas da educação desses povos. “Nossa entidade está presente em cinco regiões do estado, por isso é necessário que nos insiramos nas aldeias, assentamentos e quilombos, onde a realidade da educação é mais difícil, precisamos entender o que a juventude indígena quer”, afirma Nadson Rodrigues, presidente da ABES.

O seminário é uma maneira de fortalecer o movimento estudantil indígena e mostrar a importância da formação de grêmios nas escolas, que pedem pela reformulação do Ensino Médio. Além de ser um incentivo aos jovens, para lutarem por uma educação de qualidade, que respeite a cultura dessas etnias.

 

Por que na Bahia?

Atualmente no estado da Bahia existe uma concentração muito grande de povos indígenas, são mais de 35 mil indivíduos reconhecidos pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) representando 16 grupos étnicos, são eles:Atikum, Kaimbé, Kantaruré, Kariri-Xocó, Kiriri, Payayá, Pankararé, Pankarú, Pataxó Hãhãhãe, Pataxó, Truká, Tumbalalá, Tupinambá, Tuxá, Xacriabá e Xukuru-Kariri.

  • Pataxó – Com população de 3.951 índios e área de 10.194 hectares, estão localizados próximo às cidades de Prado, Itamaraju, Porto Seguro e Santa Cruz de Cabrália, no Extremo Sul da Bahia.
  •  Pataxó Hã-Hã-Hã – Com população de 2.308 índios, estão localizados em uma área de 54.308 hectares, próximo às cidades de Itaju Colônia, Camacã e Pau Brasil, no Sul da Bahia.
  • Índios de Olivença – A Funai não possui registros do número correto da sua população nem da área total ocupada pela tribo, que vive nas proximidades da cidade de Ilhéus, no Sul do estado.
  • Pankaru – Com uma população de apenas 90 índios, estão localizados em uma área de 981 hectares, na região da Serra do Ramalho, no Baixo São Francisco.
  • Pankararé – Sua população é de 1.470 índios, que habitam uma área de 64.997 hectares, localizado entre as cidades de Paulo Afonso e Gloria, no norte da Bahia.
  • Kiriri – Com uma população de 1.410 nativos, ocupam uma área de 12.362 hectares, situados nas proximidades dos municípios de Muquéem do São Francisco, Quijingue e Banzaê, região central da Bahia.
  • Tuxá – Com a população de 850 índios, ocupam área de 6.998 hectares localizada nas proximidades da cidade de Rodelas, no norte da Bahia.
  • Xukuru-Kariri – Com uma população de 90 nativos, habitam uma área de 39 hectares, próxima à cidade de Glória.
  • Kanturaré – Com uma população indígena de 250 índios, ocupam uma área de 1.695 hectares também próxima à cidade de Glória.
  • Kaimbé – Sua população de 1.320 habitantes está assentada numa área de 8.020 hectares, localizada próxima ao município de Euclides da Cunha.
  • Aticum – Com população de apenas 50 nativos, habitam uma área de 20.000 hectares, localizada na região de Angical.
  • Tumbalala – Não possui população nem uma área registrada na Funai. A pequena comunidade está localizada na região de Abaré e Curaçá.

– 1° Etapa

Onde?

Aldeia Pataxó, Extremo Sul da Bahia.

– 2° Etapa

Onde?

Aldeia Pataxó Hãhãhã, Pau Brasil, região Sul da Bahia.

– 3° Etapa

Onde?

Aldeia Kiriri, Banzaê, região Nordeste da Bahia.