Ubes – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas

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Mesa discute diversidade na escola. Tá na hora de mudar!

Neste domingo (16), a mesa que encerrou o Seminário Nacional de Educação da UBES tratou da “Diversidade na escola”. Na discussão, estavam presentes Maria das Neves, representante da União Brasileira de Mulheres (UBM); Daniela Veiga, da tesoureira da UEE- MT; Andrei Lemos, coordenador nacional LGBT da Unegro; e Raylane Brito, da Marcha Mundial de Mulheres.

Maria das Neves defendeu que para que o ensino médio seja reformulado, a situação política do Brasil também deve mudar. Por isso, também a necessidade de uma reforma política. Maria lembrou que, nos próximos quatro anos, os estudantes e a sociedade como um todo sofrerão grandes pressões com o novo Congresso Nacional. Foram eleitos muito mais ruralistas, empresários e religiosos do que mulheres, que diminuiu a representatividade para 9%.

“Não conseguiremos avançar na construção de um novo ensino médio e de uma nova escola enquanto não avançarmos neste debate dentro do Congresso Nacional. Temos que ter um Estado laico”, disse a militante feminista. O avanço defendido é que as diversidades das pessoas sejam respeitadas e dialogadas dentro das salas de aula.

O coordenador nacional LGBT da Unegro, Andrei Lemos, também reforçou que está na hora da sociedade compreender que a luta contra os preconceitos é muito maior e que não atinge apenas um grupo especifico. “O racismo não é problema só dos negros. O machismo não é um problema só das mulheres. A homofobia, lesbofobia e trasnfobia não são problemas só da comunidade LGBT. Esses são problemas que ampliam o número de violência, que aumentam a exclusão, os assassinados e o analfabetismo. São problemas que reduzem o desenvolvimento da sociedade do país.”

HOMOFOBIA TEM QUE SER CRIME!

A tesoureira da UEE-MT, Daniela Veiga, deu um depoimento muito pessoal por sentir diariamente o que é ser uma trans na escola. A estudante pediu que o currículo escolar novo se atentasse ao fato e que o caso chegue à coordenação das escolas o mais rápido possível. “Eu sou o retrato claro dessa opressão dentro da escola. O preconceito não vem somente dos professores e dos alunos, a grande parte vem da equipe gestora. No meu estado as meninas já podem usar seu nome social, mas isso não acontece porque há um desconhecimento dos gestores das escolas. Precisamos mudar isso.”

Alessandra Braz