A segunda mesa do Seminário de Educação da UBES, neste domingo (16), no Sinpro-DF, em Brasília, tratou a reforma política como uma importante arma para a transformação do país. Com o tema “Transformar a política para mudar a educação: rumo a uma educação para o desenvolvimento humano e tecnológico”, a mesa contou com as presenças de Thiago Pará, diretor da UNE, e a presidenta da UBES, Bárbara Melo. O debate foi mediado pelo presidente da União dos Estudantes Secundaristas do Distrito Federal, Leonardo Matheus.
Thiago Pará conclamou os secundaristas presentes a se unirem pela luta da reforma política no Brasil. “Nós não podemos aceitar que este Congresso, que é um dos Congressos mais conservadores há muitos anos, breque essa reforma”, ressaltou.
Como representante do Plebiscito por uma Constituinte, Pará explicou que as assinaturas colhidas foram entregues a presidenta Dilma Rousseff. A ideia defendida pelo Plebiscito é que pessoas da sociedade sejam escolhidas por votação direta para discutir e criar uma Constituinte Exclusiva e Soberana. Ela não passaria pelo Congresso Nacional.
Um dos entraves apresentados para a implantação de uma reforma política efetiva foi o fim do financiamento de campanha por parte de empresas privadas.
“Durante as manifestações de junho, uma coisa em comum ficou clara, que foi a insatisfação pelo sistema político brasileiro”, comentou Barbara Melo, presidenta da UBES, que ainda afirmou:
“Chegou a hora de fazer alguma coisa. A reforma política passa por um ponto muito importante que é o financiamento de campanha. Empresa não faz financiamento de campanha, faz investimento e cobra depois. O sistema é de campanha é cruel. Este é um dos locais que nasce a corrupção no país”.
Em agosto do ano passado, a UBES juntamente com a OAB, o MCCE e mais 93 entidades do movimento social, lançaram a Coalizão por uma Reforma Política Democrática.
O objetivo é apresentar para a sociedade, entre outras questões, o financiamento democrático das campanhas, corrigindo as distorções no atual sistema de doações eleitorais, que privilegiam somente o poder econômico.
O presidente da UMES-Betim e Diretor de Grêmios da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), Fernando Calos, também tratou de um assunto importante: as reformas estruturais democráticas.
“Além de fazer a reforma política, temos lutar pela democratização da mídia e reforma tributária neste país. Temos que construir uma sociedade plural. Nós, jovens, temos que disputar os espaços de poder. Temos que ser vereadores, deputados, prefeitos e governadores deste país!”.
Alessandra Braz