Fórum estudantil aprova moção de repúdio à violência e impunidade dos criminosos a serviço do latifúndio e do capitalismo
Nos últimos dias 20 e 21 de setembro aconteceu o 12º Congresso da União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (UESPE), no Instituto Federal de Pernambuco, campus Recife. Durante o encontro foi anunciado o crime que aconteceu no acampamento Maria Paraíba, onde o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST-PE), Aldo Soares da Silva, aos 35 anos foi covardemente assassinado com 20 tiros.
O crime que não foi divulgado pela imprensa e aconteceu no acampamento do município de São Lourenço da Mata-PE, ampliando a discussão secundarista sobre a impunidade dos grandes latifundiários, que como indica o caso, mata trabalhadores e lideranças que lutam pela Reforma Agrária.
O Congresso estudantil comprometeu-se em aprovar uma moção de repúdio à violência contra o coordenador do MST exigindo o fim da impunidade dos criminosos a serviço do latifúndio e do capitalismo. “Repudiamos esse atentado criminoso contra aqueles que lutam por uma sociedade justa, onde todos tenham terra para plantar. O que tem de errado nisso? Casos como esse a mídia não mostra, por isso, essa realidade só será transformada se nós nos organizarmos”, comentou o presidente da UESPE, Davi Lira.
“Nós, estudantes pernambucanos e participantes do 12º congresso da UESPE, repudiamos a violência dos grandes latifundiários, que tentam a todo custo parar a luta dos camponeses pobres do nosso país, a sua última investida nessa luta desigual para frear os interesses do povo foi o assassinato do companheiro Aldo Soares da Silva, coordenador do MST em São Lourenço da Mata e Paudalho, no dia 19 de setembro de 2014.
Aldo foi assassinado covardemente com 20 tiros. O crime ocorreu no assentamento Matriz da Luz, onde Aldo residia no município de São Lourenço da Mata.
Os grandes latifundiários são capazes de fazer de tudo para impedir o avanço da reforma agrária: matam trabalhadores e lideranças da luta por mais igualdade na partilha da terra. É preciso que se investiguem os mandantes e os executores deste cruel assassinato e que se puna os responsáveis.
Toda a nossa solidariedade e fraternidade com a luta dos camponeses pobres e com os familiares do companheiro Aldo!”
– UNIÃO DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS DE PERNAMBUCO