Debate de Conjuntura da UBES discute as diretrizes da Plataforma Política encabeçada pela gestão da entidade
Mudança. Essa é a palavra chave desde que as manifestações tomaram conta do país em junho de 2013. O assunto foi discutido em mesa entre os dias 16 e 17 de junho, na Reunião da Diretoria da UBES, no auditório da Casa do Professor.
A presidente da entidade, Barbara Melo, acredita que a UBES deve trabalhar em pela continuidade das mobilizações, que impulsionam a reforma política.
“A UBES quer olhar para frente e ver cidades mais humanas, não queremos mais essa polícia militarizada que aponta ao retrocesso com a juventude negra e pobre das periferias que vem sendo exterminada. Queremos mais rua, mais povo, vamos construir uma plataforma política do jeito que a gente quer”, defende.
Ricardo Gebrim, membro da coordenação Nacional do Movimento Consulta Popular e antigo militante político, apontou o descontentamento dos brasileiros, especialmente dos jovens, ligado à representação política.
“Um elemento central nas pesquisas é que há uma insatisfação profunda com o sistema político. E esta insatisfação exige uma mudança profunda. A presidente Dilma naquele momento foi sensível e propôs uma constituinte. Ela é necessária, porque os problemas são de tal profundidade que exigem mudanças constitucionais”, diz Gebrim.
Este é o mesmo pensamento do ex-deputado Aldo Arantes e ex-presidente da UNE (entre 61 e 62). Para ele, a reforma política é iminente e só vai acontecer com a participação popular.
“A reforma política abre a possibilidade para outra reformas, reforma agrária, a democratização dos meios de comunicação… Tudo isso, na minha opinião, passa por você fazer a reforma política e alterar o sistema. Isso só será possível com a grande união do povo”, acredita Arantes.
Em sua intervenção, o presidente da União dos Estudantes Secundaristas do Distrito Federal (UESDF), Leonardo Matheus, foi enfático. “Temos nosso papel nessa reforma, queremos um congresso que represente os jovens. Pensamos diferente e precisamos impedir retrocessos, como por exemplo, o projeto de militarização das escolas públicas que precisamos impedir”, comenta.
Da Redação