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Semana de Luto e Luta pela Educação toma as ruas do Paraná

Por educação de qualidade, estudantes e professores vão às ruas em mais de 20 cidades

Na semana em que a população paranaense completa 26 anos desde o dia 30 de agosto de 1988, quando o então governador Álvaro Dias mandou a polícia militar atacar com bombas, cassetetes e cavalaria um ato de professores no Centro Cívico. Neste ano, o movimento nomeado “Semana de Luto e Luta da Juventude pela Educação Paranaense” organizou passeatas reunindo multidões em passeatas entre os últimos dias 25 e 29 de agosto.

O evento uniu estudantes e professores organizados coletivamente pela União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES), União Paranaense dos Estudantes (UPE), Uniões Municipais e Diretórios Centrais dos Estudantes em conjunto com a Associação dos Professores do Paraná.

Com saldo positivo, o calendário de ações integradas passou por mais de 20 cidades com encerramento na sexta-feira (29/08), em Cascavel, onde uma ampla movimentação dentro das escolas apresentou aos secundaristas o fundamento dos atos.

“Só aqui na cidade realizamos a passagem em 13 escolas conscientizando a juventude sobre esse episódio que marcou a história da nossa educação, e não só isso. Como aconteceu neste ano, em unidade conseguimos ir às ruas e fortalecer as organizações estudantis em defesa do ensino de qualidade, especialmente os grêmios estudantis que saem ainda mais mobilizados”, afirma o presidente da Associação Cascavelense dos Estudantes Secundaristas (ACES), Junior Ribeiro.

SemanaLuta (8)

26 anos – A luta que permanece!

30 de agosto de 1988, quando uma greve de professores – que já durava duas semanas – construiu um marco na luta por melhores condições de trabalho, contra o sucateamento da educação e a unificação das classes e dos estudantes paranaense.

Na época, o então governador Álvaro Dias – hoje senador do estado – ao saber de uma manifestação que seguiria rumo ao Palácio do Iguaçu, sede dos três poderes, organizou um cordão de isolamento com policiais que avançaram para cima dos manifestantes com cães, cavalos e bombas de efeito moral.

Além da atitude antidemocrática, a ação foi responsável por deixar 10 pessoas feridas e 5 presas. Desde então, passeatas anuais acontecem por todas as cidades em memória do ato e renovação das pautas. Após as reivindicações ganharem ainda mais espaço nos atos em Cascavel, Maringá, Curitiba, União da Vitória, as diversas atividades fixaram as agendas conjuntas de toda sociedade paranaense por melhoria na educação, contratação de mais professores, reformulação do ensino médio, passe livre estudantil, assistência estudantil, melhorias nas estruturas físicas das escolas, valorização dos profissionais da educação, entre outras.

Em sua página, a UPES destacou a demanda estudantil na Semana de atividades. “Não aceitamos o governo neoliberal que dirige o nosso estado, cortou 40% da verba das universidades estaduais e 100 milhões de reais das escolas estaduais esse ano. Não nos calaremos perante o endividamento do nosso estado, sob a política de empréstimos para pagar mais empréstimos, chega de descaso com os educadores e educandos”, diz trecho da nota.

Da Redação