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15º CONEG da UBES: CONFERÊNCIAS LIVRES DEBATEM ENSINO MÉDIO E EDUCAÇÃO TÉCNICA

Discussões centralizaram as principais lutas do movimento secundarista no último período

Para debater os motes centrais de luta da UBES, na tarde deste sábado (05) aconteceram na programação do 15º CONEG as Conferências Livres de Juventude, que abordaram a reformulação do ensino médio e o papel do ensino técnico com expansão e assistência estudantil.

O ENSINO MÉDIO QUE A GENTE QUER

No auditório da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), compuseram a mesa “Reformulação do Ensino Médio” o presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE), Luiz Roberto Alves, e a 1ª secretária da UBES, Stephannye Vilela.

Alvez falou sobre o quadro atual da evasão escolar nas salas de aula. “Há hoje, cerca de 3 milhões de jovens, entre 15 e 20 anos, que estão fora da escola. Dados apontam um índice de abandono e reprovação acima de 20%. Temos que transformar, para que não façamos nada menos que a revolução do ensino médio”, declarou.

Outros temas como universalização do ensino com qualidade, ensino integrado, mais projetos de pesquisa, extensão e permanência, gestão democrática, planejamento curricular democrático, uma base comum que também considere a diversidade de cada região foram destacados pelo integrante do CNE.

Stephannye expôs as principais pautas aprovadas no Seminário de Educação da UBES, espaço que discutiu a reformulação do ensino médio que o movimento secundarista quer. Para ela, o movimento estudantil precisa ir às ruas defender uma nova realidade para as nossas escolas.

“É preciso reformular. Estamos lutando contra um grave retrocesso que é a retirada do debate de identidade de gênero dos Planos Municipais e Estaduais de Educação. Nós somos a favor de uma escola que dialogue com os estudantes, com mais esporte e que não aceita o racismo, o machismo e a homofobia. Derrubar barreiras é construir a gestão democrática com congressos escolares, colocando estudantes, servidores, professores e diretores em diálogo, investir na valorização desses profissionais, além de pensar na formação da juventude através de um ensino integrado com o ensino técnico e com o mercado de trabalho”, destacou.

Entre as intervenções, os secundaristas também defenderam a eleição direta para direção escolar, o fim do vestibular, cotas para transsexuais e travestis nas universidades, educação laica, debate de gênero e a defesa dos PMEs.

ENSINO TÉCNICO COM EXPANSÃO E ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL

Diariamente os estudantes das escolas técnicas lidam com grandes dificuldades nos institutos federais de todo o Brasil, como falta de laboratórios e equipamentos, ausência de bandejão e de profissionais capacitados. A UBES sabe da necessidade de trazer essas demandas para os meios de discussão e para às ruas de todo o país.

De acordo com o diretor de escolas técnicas da UBES, Fillipe Matias, é necessário reconhecer que nos últimos anos houveram grandes avanços na educação técnica, mas é importante lutar por conquistas ainda maiores.

“A expansão foi importante sim, pois ela atinge o negro pobre de periferia que ainda tem pouco acesso a uma educação de qualidade, mas não podemos negar que precisamos avançar ainda mais. Um dos nosso anseios é fazer parte do conselho gestor do PRONATEC, pois não há ninguém melhor do que o próprio estudante para saber do que ele precisa”, afirma.

A assistência estudantil é um fator de extrema importância para garantir a permanência do estudante da escola técnica dentro do Instituto Federal. “É crucial garantir ao estudante a assistência estudantil para evitar a evasão escolar, mas em meio a crise em que vivemos esse é um fator que vem se distanciando em se tornar realidade e não podemos deixar que isso aconteça”, diz o estudante do Instituto Federal de Minas Gerais, Luiz Paulo.

Os estudantes debateram a necessidade de regulamentar a lei do estágio para introduzir o secundarista no mercado de trabalho de maneira adequada e eficaz. Além disso, explicaram a necessidade de investir mais em pesquisa e expansão. “Nós precisamos construir um ensino técnico que de fato desenvolva o nosso país efetivamente”, afirma o secretário geral da UBES, Maycon Maciel.