Aconteceu na manhã deste domingo o ato político do 15o Conselho Nacional de Entidades Gerais da UBES no auditório da Universidade Nove de Julho (Uninove), na zona oeste da capital paulista. Pela tarde, ocorre a plenária final do conselho.
A mesa contou com a presença de um largo espectro dos movimentos sociais do país, como a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Associação Nacional de Pós-Graduando (ANPG), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB), o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a União Brasileira de Mulheres (UBM) e a Marcha Mundial das Mulheres (MMM).
Todas as falas pediram unidade dos movimentos sociais para defender a democracia e combater as injustiças sociais provocadas pela crise internacional do capitalismo no Brasil e no mundo, os cortes na Educação, a redução da maioridade penal e o genocídio da juventude negra. Por fim, convocaram a juventude para ocupar as ruas e as redes para lutar por mais avanços e direitos.
“Eu gostaria de agradecer a marcante presença dos movimentos sociais e a unidade aqui demonstrada para defender a democracia. A nossa luta vai avançar e a unidade dos movimentos sociais vai barrar a direita e lutar por mais direitos”, declarou a presidenta da UBES, Bárbara Melo.
Na esteira do ato de criação da Frente Brasil Popular, ocorrida neste sábado (05/09) em Belo Horizonte, todos os representes dos movimentos sociais presentes ressaltaram a necessidade de unidade para defender a democracia e lutar por mais direitos.
A presidenta da UNE, Carina Vitral, que esteve presente no lançamento da frente em Minas Gerais, chamou os secundaristas a levarem a sua rebeldia e a sua força para a disputa da agenda do governo federal no próximo período.
A líder universitária convocou todos os presentes a participarem do primeiro ato da frente no dia 3 de outubro, aniversário da Petrobras, para defender a empresa do risco de privatização e o pré-sal para a educação.
“Só a unidade dos movimentos sociais será capaz de enfrentar a crise econômica e política no país. Que a saída dessa crise seja o fortalecimento das conquistas dos movimentos sociais, pois tudo o que foi conquistado está sendo questionado. Eu tenho certeza que o movimentos estudantil não vacilará em defender a nossa democracia e a permanência e continuidade da presidenta Dilma Rousseff. Mas para defender este projeto, queremos colocar o dedo na ferida. Queremos disputar o futuro da juventude e dizer que os nossos sonhos e luta não cabem no ajuste fiscal do ministro Levy e nos cortes na Educação”, afirmou Carina.
O mesmo tom de unidade esteve presente na fala da representante da Central Única dos Trabalhadores, Léa Marques, que também integra a Frente Brasil Popular.
“Nós devemos mostrar para os nossos inimigos, estes que nos oprimem todos os dias, que essa juventude não quer nada com nada, ela é uma juventude de luta, que quer ocupar as ruas e as redes e enfrentar essa onda conservadora”, conclamou.
Diante da crise humanitária que assola o Brasil e o mundo, com jovens refugiados sírios morrendo e haitianos sendo atacados no centro de São Paulo, a presidenta da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Tamara Naiz, pediu que os secundaristas não fujam da luta.
“São tempos difíceis para os sonhadores, mas é a juventude que sonha deve renovar a sua esperança para continuar na luta. Em tempos de crise temos mais espaço para crescer. A gente sabe que nas ruas conseguimos construir um novo rumo para o nosso país. Eu sei que a juventude aqui vai construir uma UBES e um Brasil ainda mais forte”, afirmou Tamara.
A representante do MTST, Ana Paula Ribeiro, lembrou o assassinato de 19 pessoas na chacina de Osasco e Barueri, entre eles dois menores de idade, para lembrar que mais do que nunca devemos lutar por mais avanços, como a desmilitarização da PM.
Já a representante da Marcha Mundial de Mulheres, Larissa Passos, também lembrou a opressão da polícia para reivindicar a emancipação das mulheres, o povo negro e a população LGBT como uma forma de revolucionar a sociedade.
“Nós temos uma polícia que oprime os jovens, as mulheres, as negras e negros e os homossexuais. Nós estamos aqui por mais direitos e pelo fim da opressão. Temos que lutar pelo mapeamento da população LGBT para conseguir elaborar mais e melhores políticas públicas que ponha fim a LGBTfobia”, observou.