Estudantes debateram a importância de se unificarem nas lutas para conquistar mais avanços
Durante a realização de mais uma mesa de debate no 15º Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG) da UBES, na Universidade Nove de Julho (UNINOVE), em São Paulo, neste sábado (04), os estudantes discutiram a importância do passe livre para o acesso à escola, cultura e ao lazer e quais as expectativas para movimento estudantil nos próximos anos.
De acordo com a presidenta da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES), Ângela Meyer, a organização do movimento estudantil acontece em todo o Brasil, mas ainda sim é necessário alcançar mais estudantes. “O CONEG é uma demonstração clara de que a organização dos estudantes acontece em todo o país e de que ela é muito plural, mas precisamos ampliar mais ainda o movimento”, afirma.
Atualmente, o Brasil vive um momento complicado, em que jovens que não compreendem o que foi a época da ditadura estão saindo às ruas para pedir intervenção militar. ”A juventude que está aqui hoje não participou da época da ditadura, ela mudou e precisa se movimentar mais, estamos vendo jovens pedindo a volta da ditadura militar. O movimento estudantil é movimentação e movimentar-se é reivindicar”, disse a secundarista, Larissa Alves.
Os estudantes aproveitaram o debate para relembrar o histórico de lutas pelo passe livre como a revolta dos bondes e do buzú. “A luta pelo passe livre é uma luta antiga, já em 1950 se faziam a revolta dos bondes, com secundaristas radicalizando, parando os bondes para conquistar o direito ao livre acesso no transporte”, relembrou Carlos Henrique, líder estudantil.
A UBES defende a luta pelo passe livre, pois sabe que esse livre acesso ao transporte viabiliza ao estudante frequentar à escola, a cultura e ao lazer que a cidade proporciona, consequentemente evitando a evasão escolar.
“Quando nós temos essa defesa como prioridade é porque sabemos que para ter acesso ao esporte, a cultura e ao lazer precisamos do passe livre. Hoje, 40% da juventude sai da escola porque não tem condição de chegar até ela”, explica a jovem, Juliana Alves.
O movimento estudantil unificado garante maiores conquistas aos estudantes. “Nós precisamos de maturidade para realizar um debate positivo que beneficie todos os estudantes, nossa luta precisa se fortalecer com a união de todas as lideranças”, afirma o secundarista Leonardo.