Ato pressiona contra possível fechamento de instituição que funciona há 30 anos
Na capital da Paraíba, nesta quarta-feira (23), os secundaristas da escola estadual José Lins do Rêgo realizaram uma manifestação em protesto ao fechamento de turmas que vem acontecendo desde 2013. O ato cobrou respostas concretas da Secretaria de Educação que ainda não se posicionou sobre o destino da instituição que em 2015 já fechou três turmas do primeiro ano.
A passeata contou com a solidariedade dos estudantes do colégio Orlando que se somaram à passeata junto à UBES e a Associação dos Estudantes Secundaristas da Paraíba (AESP).
“Mesmo sem nenhum sinal de evasão escolar, os estudantes tem vivenciado a redução de espaços na escola, possivelmente por conta da convivência com a Universidade Estadual que funciona no mesmo prédio”, explica o diretor da UBES no estado, André Alves.
Atualmente, a José Lins do Rêgo oferece Ensino Médio e Ensino de Jovens e Adultos (Eja) no período da tarde e da noite. No período da manhã e da noite os espaços são utilizados pelos cursos da universidade.
A passeata desta quarta foi liderada pelo grêmio da escola. Em entrevista ao site da UBES, o presidente da organização estudantil, Mikael França, falou sobre o impasse para construção independente das instituições de ensino que ainda tem seu futuro incerto.
“A situação da escola é complicada, já apresentamos vários projetos, mas a reitoria da universidade e o governo do Estado não entram em acordo, enquanto isso, a UEPB permanece sem prédio próprio e nós estudantes prejudicados”, explica Mikael.
As mobilizações devem continuar até que a situação seja resolvida, os secundaristas afirmam que não abrirão mão da escola que funciona há 30 anos atendendo a comunidade do bairro Cristo Redentor e arredores, em João Pessoa.
“Nossa luta é para mostrar que não vamos abrir mão da escola. Esse foi um ato dos estudantes do ensino médio, caso não obtenhamos retorno faremos outra mobilização, que será unificada com secundaristas e universitários”, informou Mikael.
Além de lutar contra o possível fechamento do colégio, nesta quarta os estudantes reivindicaram mais segurança e a volta da patrulha escolar.
Da Redação.