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Reunião em SP prepara III Jornada Nacional de Lutas da Juventude

Calendário nacional de manifestações começa a ser desenhado com diferentes pautas

Aconteceu nesta segunda (23/02), na sede da UBES e das entidades estudantis em São Paulo, a reunião de organização da III Jornada Nacional de Lutas da Juventude 2015.

Além das lideranças estudantis o encontro reuniu representes da juventude da CUT, Fora do Eixo, Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT), Levante Popular da Juventude e MST, para debater uma agenda de lutas para o próximo período.

Entre as pautas centrais está a luta por reformas estruturais em defesa da Reforma Política, construção de uma campanha nacional pela democratização da mídia, contra retrocessos que atinja direitos da juventude e dos jovens trabalhadores, e contra enfraquecimento da Petrobras.

Ainda sem a divulgação do calendário de mobilizações, o diretor de Cultura da UBES que acompanhou a reunião, Wesley Machado, comenta sobre o diferencial da Jornada de Lutas da Juventude em 2015.

“A jornada é um calendário que vem se consolidando como espaço que reúne as mais diferentes organizações de juventude buscando pautas comuns a todos os jovens”, comentou.

50 anos de descomemoração da Globo

No ano em que a Rede Globo completa 50 anos de fundação, a Jornada de Lutas será mediadora de uma campanha que já está em curso contra o monopólio da mídia, acentua o secundarista.

“Neste ano, o diferencial da jornada será a ‘des-comemoração de aniversário da emissora’ de maneira simbólica. A juventude vai às ruas em defesa do patrimônio histórico do povo brasileiro e em defesa da própria conjuntura política que vem sendo tratada de maneira imparcial pela mídia”, finaliza Wesley.

A força da juventude nas ruas

A Jornada Nacional de Lutas da Juventude Brasileira vem sendo organizada anualmente pelas entidades estudantis e movimentos sociais com objetivo de intensificar a pauta por melhorias na educação, na cidade e no campo, no transporte público, nas condições de trabalho.

Em 2014, as marchas foram realizadas entre 26 de março e 9 de abril, levou milhares às ruas em uma incansável batalha por mudanças no sistema de educação, tendo como bandeiras principais a aprovação do Plano Nacional de Educação, destinando 10% do PIB para a educação, o fim do extermínio da juventude negra e também os 50 anos do golpe militar que, durante mais de duas décadas disseminou o terror pelo país, censurando, torturando e matando aqueles que lutaram pela democracia, dentre eles muitos estudantes.

Da Redação.​