Contra o sucateamento da educação, profissionais da rede estadual de educação declararam greve no Rio de Janeiro no dia 2 de março. Com adesão de 70% da categoria – que também denuncia o parcelamento e o atraso nos salários –, a paralisação acontece em diversas cidades.
No colégio estadual Visconde do Cairú, professores e estudantes ocupam as salas de aula com debates, atividades culturais e exibições de filmes. “Temos organizado assembleias para lutar por melhorias na educação”, diz o estudante Pablo Micelli, denunciando o sucateamento da escola pública.
“Sofremos com a superlotação de salas, temos turmas com 60 alunos. Além disso, falta segurança. Há dois dias um homem entrou na dependência da escola e perseguiu meninas”, conta.
A cidade serrana de Petrópolis completou a terceira semana de luta, chegando a sete passeatas no calendário de mobilizações. “Nós estudantes queremos mostrar que a opção feita pelo estado de tratar a nossa educação como mercadoria é irresponsável”, afirma a presidenta da Associação Petropolitana dos Estudantes, Caroline Chiavazolli, que participou da ocupação da Secretaria de Estado de Educação nesta quarta-feira (16).
A rede pública de ensino técnico também está mobilizada. No campus Adolpho Bloch da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), os estudantes também seguem articulados em apoio aos professores por uma educação de qualidade. “Nossa aula é na rua. Aprendemos mais lutando por nossos direitos e defendendo a democracia”, diz o secundarista Jorge Luiz.
18 DE MARÇO NAS RUAS
Nesta sexta-feira (18), acontece uma mobilização nacional contra o golpe e em defesa da democracia. Na capital carioca, os estudantes também participam do ato, com início às 15h na Praça XV. Para mais informações, acesse aqui.