O site da UBES dá partida ao especial “Jovens na Política”, contando um pouco sobre o engajamento da juventude nas Eleições 2016. O primeiro a bater um papo com a nossa reportagem sobre os desafios e a renovação das pautas no processo eleitoral é o ex-presidente da entidade secundarista, Yann Evanovick.
À frente da entidade entre 2009 e 2011, a gestão de Yann conquistou pautas históricas para o movimento estudantil, entre elas, a inclusão do termo “juventude” na Constituição Federal ao pressionar e aprovar a PEC 138/03 e o Estatuto da Juventude, iniciando um novo período de lutas em sua trajetória.
Nas eleições 2016, disputando o cargo de vice-prefeito em Manaus (AM), Yann conta sobre a importância da presença dos jovens no cenário político, a influência do movimento estudantil para sua formação política (repetição de palavra) e a necessidade de representatividade no processo eleitoral.
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UBES: Você já foi líder estudantil e hoje é candidato à vice-prefeitura de Manaus. O que o levou a se candidatar?
Yann Evanovick: Desde os meus 14 anos decidi me organizar politicamente. Primeiro fui do grêmio estudantil, passei para entidade municipal (UMES), depois me tornei diretor da UBES, quando cheguei à presidência da entidade. Em 2012, me candidatei a vereador em Manaus, por dois votos não me elegi.
O que me levou a me candidatar a vice-prefeito é o projeto que represento. Não sou candidato de mim mesmo, sou candidato para representar um projeto político de desenvolvimento, que gere mais oportunidades, que dê mais voz e participação à população no dia a dia da Prefeitura e da cidade.
Visamos encaminhar o projeto de passe livre para estudantes de baixa renda, cuidar melhor da educação, criar uma política habitacional no município e construir uma política de loteamento em terrenos urbanizados.
Este compromisso com o povo que me levou a candidatar a vice-prefeito.
U: Quais são as suas propostas para juventude?
Y: Sou o mais jovem candidato na cidade de Manaus. Tenho 26 anos e queremos construir uma gestão na qual, de fato, a juventude governará.
Queremos passe-livre para estudantes de baixa renda, para os secundaristas que os pais estejam desempregados. Com isso, queremos acabar com o percentual de evasão escolar que acontece por falta de dinheiro para pagar a condução de ônibus.
Nossa proposta também é o “Vale Cultural”, para que cada estudante receba mensalmente R$ 40, garantindo aos estudantes condições de ir ao cinema, ao teatro, a um show, comprar uma revista, um jornal, etc.
A terceira proposta é atuar junto ao Procon municipal para assegurar a garantia e o cumprimento da Lei da Meia-Entrada. Não podemos deixar essa conquista tão importante para juventude, em especial para o acesso à cultura, ser tão desrespeitada.
O ingresso de meia entrada tem compensações fiscais, dedução de impostos. Mas hoje, chegando ao show, há 100% de meia entrada, e nós sabemos que meia para todo mundo é meia para ninguém. Vamos trabalhar, em parceria com a UBES, com a UNE, UEES, UMES, grêmios estudantis e movimento de juventude para assegurar que esta seja uma política pública respeitada.
Estamos também propondo a construção de linhas de crédito para o jovem empreendedor, para que os interessados não tenham tantas dificuldades nesse início de negócio.
Nosso projeto dá atenção especial à educação fundamental, propondo manter o programa Bolsa Universidade – versão do ProUni municipal. Vamos avaliar a questão das bolsas já ofertadas, tendo como prioridade do município a educação infantil e fundamental.
U: O movimento estudantil contribuiu de alguma maneira para que você chegasse à defesa dessas bandeiras?
O movimento estudantil é a maior escola política do Brasil. A totalidade daquilo que eu defendo hoje, já defendia no movimento estudantil e, seguramente, contribuiu para minha formação e de jovens de outras gerações que permanecem cumprindo esse papel.
Todas as propostas que hoje defendo, o movimento estudantil também defende ou tem muita simpatia por elas.
U: Presidir a UBES e participar do movimento estudantil do seu estado contribuiu para sua atuação na vida política?
Y: A UBES foi uma grande experiência, tive a oportunidade de realizar o 1º Encontro de Grêmios, o 1º Encontro de Jovens Mulheres, conviver com ex-presidentes. Ao lado de outros companheiros do movimento, encampei e encaminhei lutas e conquistas históricas, como a aprovação do Plano Nacional de Educação, a conquista da destinação dos recursos dos royalties do petróleo para educação, ciência, tecnologia e saúde; o fim do fiador no FIES; o Pronatec; além da contribuição e pressão pela construção de centenas escolas técnicas.
A UBES deu grande contribuição para a minha formação pessoal, para a minha vida na política e permanecerá dando contribuições ao povo brasileiro com novas lideranças para política e para o futuro.
Conheça agora um pouco mais sobre Yann e sobre as funções de um vice-prefeito, problemas a serem resolvidos e o que cobrar da plataforma eleitoral dos candidatos em disputa.