As ocupações dos estudantes do Rio de Janeiro seguem fazendo resistência ao sucateamento da educação. Nesta terça-feira (19), já somam 64 escolas ocupadas. E a luta continua crescendo.
Na tarde de hoje, a Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch se juntou aos colégios ocupados. Pela página no Facebook, por onde também podem receber doações e apoio dos pais, professores e vizinhos que se solidarizam, a#OcupaAdolpho já iniciou os relatos diários.
A presidenta da Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro (AMES-RJ) e aluna da Adolpho, Isabela Queiroz, comemora o início da luta em sua escola.
“Há dois anos a Faetec está em luta contra o fechamento de bandejões, cursos e turmas de educação para jovens e adultos. Hoje a pauta é por condições dignas de trabalho para professores e funcionários que estão sem receber, contra os cortes de verbas na educação, mas principalmente por eleições diretas para presidência da rede Faetec e direções das unidades. Hoje o presidente nomeado pelo governador é ex-presidente da rede de tratamento de água e é imprescindível que possamos eleger alguém competente e conhecedor da área da educação técnica”.
INTERIOR EM LUTA!
Em Petrópolis, no interior do estado, o maior colégio da cidade completa hoje 24 horas de ocupação. A decisão de ocupar o Estadual Dom Pedro II foi deliberada por uma assembleia estudantil, que por maioria de votos aprovou a ação por tempo indeterminado.
O clima na escola é de mobilização. Comissões coordenadoras foram organizadas para encaminhar as atividades de limpeza, alimentação, mídia, segurança, entre outras. Assim como foi nas ocupações de São Paulo, a auto-organização estudantil gera impacto e mudanças dentro das instituições, com limpeza dos banheiros e mesas e ações diferenciadas, como a prática de esportes.
“Nós, estudantes, temos reivindicações como eleições diretas para diretor, gestão democrática, passe livre irrestrito, abolição do Sistema de Avaliação da Educação (SAERJ), a melhoria da infraestrutura, além de nos manifestarmos em apoio à greve dos professores”, declarou a presidenta da Associação Petropolitana de Estudantes (APE), Carol Chiavazzoli, que tem ido à ocupação dar apoio aos estudantes.
APOIE UMA OCUPAÇÃO
Para apoiar a luta dos secundaristas no Rio de Janeiro é simples. Compareça à escola ocupada, leve alimentos, produtos de limpeza e de higiene pessoal. Algumas ocupações também aceitam doação de aulas para auxiliar na formação de um calendário de atividades. Para saber mais, pesquise a página das instituições ocupadas no Facebook.