A Primavera Secundarista levantou bandeira na manhã desta quarta-feira (18), em Maringá (PR), onde foi ocupado o primeiro colégio no estado, o Estadual Gerardo Braga. A instituição é a mais antiga da cidade e sofre fortes ameaças de fechamento, o que é muito representativo para os mais de 500 secundaristas que iniciam o movimento de ocupação contra o desmonte da educação no Paraná.
A “Ocupação Geraldo”, como chama alguns estudantes, foi iniciada após manifestação que denunciou a falta de merenda nas escolas durante 30 dias e o desvio de verbas na compra dos alimentos.
“O problema do ‘Geraldo’ é o mesmo em outras escolas da cidade. As refeições só voltaram na semana passada depois de um ato que fizemos, mas a pouca merenda que recebemos nesses últimos dias é de má qualidade”, explicou o presidente da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES), Matheus dos Santos. “Estamos denunciando o superfaturamento na compra da merenda, já que pagamos por um arroz tipo ‘1’ e comemos o tipo ‘10’, que além de pouca quantidade servida, tem vindo com pedras e terra”, denunciou.
Outra pressão que os estudantes fazem é sobre a tramitação da Operação Quadro Negro, responsável por investigar o desvio de milhões de reais na construção de escolas e suposta má administração de recursos públicos no sistema educacional do Estado.
“Milhares de escolas já pagas não foram construídas, os próprios funcionários da construtora envolvida no caso declaram parte do dinheiro foi desviado para campanha eleitoral do governador Beto Richa. Não vamos desocupar enquanto não esse dinheiro não for devolvido para educação”, finalizou Matheus que está na ocupação.