Fundada há 98 anos, a instituição — que já foi escola técnica — volta a ser espaço de mobilização da juventude. Neste momento, já são mais de 30 secundaristas presentes na ocupação, que terá suas pautas definidas em reunião nos próximos dias.
“Há duas semanas vínhamos organizando uma ocupação cultural, mas chegamos à conclusão de que precisamos radicalizar a luta. Nossa escola está sucateada, reforma paralisada, com entulho espalhado, parte do telhado da quadra caiu, salas superlotadas, aparelhos de ar condicionado que são alugados e permanecem quebrados, infiltração por todos os lados, bosque cheio de caramujos e um único banheiro para todo colégio”, denuncia o estudante do 3º ano, Pablo Miceli.
Pablo, que também é diretor de Comunicação da Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro (AMES), conta que as pautas são muitas e deverão ser enumeradas em documento elaborado pelos estudantes.
A presidenta da AMES, Isabela Queiroz, também acompanha a ocupação e lembra que, além das demandas estruturais, os estudantes também apoiam a paralisação dos profissionais da educação iniciada em 2 de março com a adesão de 70% da categoria.
“Outro grande problema que os estudantes não deixarão de fora das ocupações é a luta por mais autonomia e gestão democrática. Votar para eleger o diretor da escola é avançar na inclusão democrática dentro das escolas, realizar congressos escolares, incluir a comunidade escolar para atuar nos espaços de decisão”, pontuou Isabela.
Outras escolas pelo estado também foram ocupadas, entre elas, os colégios Mendes, Gomes Freire de Andrade e Heitor Lira.