O Rio de Janeiro está em luta para defender a educação! Na última sexta-feira (11/03), durante assembleia geral que ocorreu no Clube Municipal da Tijuca, servidores e estudantes votaram e decidiram pela continuidade da greve na rede pública estadual. Com adesão de 70% da categoria, a greve deflagrada em 2 de março tem mobilizado todo o estado contra o sucateamento do ensino e por mais investimentos.
Nos últimos dias, as escolas da capital e do centro têm sido palco de uma série de protestos organizados pelos estudantes. Em apoio à greve dos servidores da educação – contra o parcelamento e o atraso nos salários – alunos levantaram faixas, colocaram nariz de palhaço, organizaram discussões nas escolas e participaram de aulas públicas.
ESTUDANTES NA LINHA DE FRENTE DA GREVE
Diariamente, os grêmios e entidades estudantis tem liderado atos, passeatas e intervenções públicas para pressionar o governo do Estado a se posicionar.
“O momento é de tensão, mas nós seguimos mobilizados. Além do apoio aos nossos professores, os estudantes reivindicam pautas como a merenda escolar, falta de ar condicionado nas salas, assim como falta de professores e guardas para segurança nas escolas. Na rede técnica, onde uma série de mobilizações tem sido realizadas, a superlotação de turmas, demissão de professores e laboratórios são também problemas”, afirma a presidenta da União Estadual dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro (UEES-RJ), Ana Karoline Carpes.
Em Niterói, município da região metropolitana, o grêmio da Escola Técnica Henrique Lage organizou atividade aberta sobre o papel das greves na sociedade e frequentou aulas públicas na Praça XV, no centro do Rio. Os professores deram apoio e ainda levaram os estudantes para conhecer prédios públicos importantes, com explicações de um professor de história.
No dia 04/03, os estudantes do Colégio Estadual Fagundes organizaram protesto nas ruas de Rio Claro um ato pautando a luta contra o desmonte na educação que vem sendo promovido pelo governo do estado.
Para o Sindicato Estadual dos Profissionais em Educação no Rio de Janeiro, que tem acompanhado as manifestações, é importante o apoio à greve. “Com certeza, imediatamente, alunos são os grandes prejudicados. Eles têm que ter algum protagonismo”, disse uma das diretoras da entidade, Maria Beatriz Lugão.
Teresópolis, na região serrana, Duque de Caxias e Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Cabo Frio, na Região dos Lagos, além de São Fidélis e Campos, no norte fluminense são alguns dos municípios que estão mobilizados.
NOVOS ATOS
Nova manifestação está marcada para próxima terça-feira (15), em Volta Redonda, a partir das 9h, com concentração na Biblioteca Municipal da cidade. Entre as pautas está a luta por mais investimentos em tecnologia, merenda de qualidade, valorização dos profissionais da educação, contra o fechamento de escolas e super lotação, gestão democrática, passe livre irrestrito, uso do nome social e reformulação do ensino médio. Saiba mais, acesse o evento.