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Sem temer, mulheres ocupam as ruas de São Paulo em ato #PorTodasElas

Após a disseminação de um vídeo que denunciou o estupro de uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro, movimentos sociais foram às ruas nessa quarta-feira (1) para lutar contra o machismo que violenta e mata mulheres diariamente. O evento ocorreu em diversas outras capitais.

Em São Paulo, a concentração teve início no Vão Livre do Masp, na Paulista, às 16h. A passeata seguiu até a Praça Roosevelt e contou com a presença de mulheres, mães, crianças e homens que empunhavam cartazes e gritavam “Nem recatada e nem do lar, a mulherada tá na rua pra lutar!”.

Em cantoria e com seus filhos no colo, mães realizaram um cordão na linha de frente do ato. Janaina Leite, 34, mãe e atriz, acredita que a forma mais eficiente de combater o machismo é no princípio da educação dos filhos. “Todo dia, no cotidiano, mudando esses padrões de que o menino não vai lavar louça, não vai brincar de boneca, não pode chorar. Temos que nos policiar para não reproduzir coisas e impor á eles nossa cultura machista”, pontuou.

No ano de 2014, no Brasil, a cada 11 minutos um novo caso de estupro era registrado. Ainda segundo dados do IPEA e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 89% das vítimas de abuso sexual são do sexo feminino. A estudante May Avali, 19, foi vítima de violência sexual aos 13 anos de idade. Integrando a passeata, ela conta que demorou a perceber que havia sofrido um estupro e não chegou a contar para a família, apenas aos amigos mais próximos. “Nós, mulheres, passamos por uma lavagem cerebral desde crianças. Temos de falar sobre esse assunto nas escolas, tem de deixar de ser um tabu! Eu só fui ter certeza de que eu não tinha culpa alguma quando eu conversei com pessoas que passaram por situações do tipo”, revelou.

A marcha prosseguiu e a youtubber Jout Jout, engajada nas lutas sociais, a exemplo do feminismo, compareceu ao ato, como havia anunciado em seu vídeo “Aprender a respeitar”, no qual convidou o público para ir às ruas pelos direitos e a vida da mulher.

Para mais informações sobre violência sexual, confira o infográfico abaixo:

Infográfico_Estupro_ (2)